Pedroca é homenageado pela LNB em Jogo das Estrelas
Assim como na primeira edição do Jogo das Estrelas, evento realizado pela Liga Nacional de Basquete que reúne os melhores atletas do NBB (Novo Basquete Brasil), as equipes desta temporada terão nomes memoráveis; uma forma de homenagear grandes personalidades do basquetebol brasileiro. Em 2009, foram lembrados os jogadores Ubiratan e Rosa Branca. Em 2010 reinaram os treinadores Kanela e Pedroca.
Togo Renan Soares, mais conhecido como Kanela, nasceu em João Pessoa em 22 de maio de 1906 e morreu, aos 86 anos, em 12 de dezembro de 1992. Começou sua carreira como jogador de pólo e futebol, mas, foi como treinador de basquete que fez história. Esteve no comando do Flamengo por 22 anos (de 1948 a 1970) e conquistou o Campeonato Carioca 12 vezes. Iniciou na Seleção Brasileira em 1954 e pelo país conquistou dois Mundiais – em 1959 e 1963. À frente do seleção, Kanela ainda ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960; foi vice-campeão mundial em 1954, no Brasil; e em 1970, na Iugoslávia.
Pedroca nasceu na capital paulista em 1929. Formado em educação física pela USP chegou a Franca, influenciado por amigos, como professor da escola IEETC. Participou de um curso intensivo de basquete na cidade natal e se especializou em clínicas estrangeiras (Espanha, Iugoslávia, Portugal, Alemanha e Itália).
Assim, passou a ser técnico do time francano de basquete, onde permaneceu por 32 anos. Pedro Murilla Fuentes também esteve à serviço da Seleção Brasileira participando das Olimpíadas de 1972 em Munique, e 1980, em Moscou. Na primeira, chegou a ser assistente técnico de Kanela. Na segunda, auxiliar de Cláudio Mortari. Um dos seus principais títulos foi o Panamericano de Cali, em 1971, quando era auxiliar do técnico Édson Bispo. Em sul-americanos, foi o técnico em dois vice-campeonatos e no título de 1971.
Mas não foi somente pelos títulos conquistados que Pedroca ficou para a história do basquetebol brasileiro. “Como um visionário que foi implantou de forma inédita como o contra ataque em alta velocidade e a defesa pressionada. Tudo isso era uma novidade para a época e continua sendo até hoje um conceito moderno. Mas não foi só isso. Pedroca deixou um legado de idealismo e amor ao trabalho com extrema competência e dedicação”, disse o técnico francano Hélio Rubens – que conviveu com Pedroca desde a época da escola. “Era de uma humildade a toda prova, o que fez dele um verdadeiro ídolo nacional”, completa Hélio.
Paçoca (Álvaro de Oliveira Roque), que trabalha no clube há quase 10 anos como atendente geral conviveu com o professor e também se recorda de Pedroca com especial carinho. “Me lembro dele chegando até mim para perguntar o que eu achava dos jogadores. Imagina se eu tinha que achar alguma coisa. Mesmo assim me ouvia. Queria todos ao seu lado. Ele era muito inteligente e simples. Isso fez dele uma pessoa queridíssima”.
Pelos francanos, o professor também foi homenageado. Um ginásio ganhou seu nome. O Pedrocão, templo do basquete, fica no Conjunto Poliesportivo “Dr. Hélio Palermo”, tem capacidade para 7 mil pessoas e já recebeu duelos históricos.
Filosofia do Prof. Pedroca: “Não me dirigi à Franca para fazer o fantástico basquetebol. Não foi esta a minha intenção básica. Sempre fui cético em termos de usar o esporte e o lazer organizado e dirigido como um meio social e formação, humanização e educação das crianças jovens. Apresento-me como um educador, um humanista e quase um político que acredita que o esporte pode realmente contribuir para a sociedade brasileira, para a formação das pessoas e para a melhor qualidade de vida de nosso povo”.
AS EQUIPES
Franca tem nesta edição dois jogadores na disputa pelo Jogo das Estrelas. Rogério faz parte da equipe Kanela ao lado de Fúlvio (São José), Fernando Penna (Paulistano), Manteguinha (Joinville), Marcelinho (Flamengo), Thomas (Assis), Guilherme Filipin (Londrina), Alex (Bauru), Murilo (Minas), Olivinha (Pinheiros), Deivisson (Araraquara) e Rafael Mineiro (São José). Lula Ferreira (Universo) e João Marcelo (Paulistano) vão compor a comissão técnica.
Tony também foi escalado e brigará pela vitória no amistoso. Ele integra a equipe Pedroca, composta ainda por Larry (Bauru), Valtinho (Universo), Sucatzky (Minas), Alex (Universo), Shamell (Pinheiros), Jefferson Sobral (Joinville), Guilherme Guiovannoni (Universo), Baby (Paulistano), Tiagão (Joinville), Shilton (Joinville) e Estevam (Universo). Comandam a equipe o técnico Alberto Bial (Joinville) e o assistente Ennio Vecchi (Londrina).
O Jogo das Estrelas acontece no domingo, dia 21, às 10h30. Os ingressos para a partida custam R$ 20 e podem ser comprados no Sabiazinho ou no Center Shopping de Uberlândia (stand localizado no corredor do piso 1). As compras podem ser feitas também pela internet através do site do Ingresso Fácil (www.ingressofacil.com.br). Helinho e André disputam dia 20 o torneio de 3 pontos e o torneio de Enterradas. Neste dia o ingresso custa R$10.
Foto: Em pé, da esquerda para a direita, Hélio, Chuí, Gilson, Sílvio, Robertão, Magu, Tom Zé e Pedroca.
Agachados: Sérgio Aleixo, Ciso, Fausto, Guerrinha, Gera e Vagner.