Perfil: Joel Muñoz
Ver Muñoz jogar é uma experiência. Garanto-lhes: vale mais do que qualquer auto-ajuda dessas que tomam as prateleiras das livrarias de aeroporto e shopping center. Vale mais que palestra motivacional. Vale mais que um punhado de coisas que costumam nos recomendar. Se houver NBB em sua cidade ou onde você estiver, experimente a sensação de ver Muñoz em quadra. Anota aí: ele joga no Vitória e vale o preço do ingresso.
Trata-se de um armador panamenho de 1,76m – que nos conta a ficha, que provavelmente o mediu quando calçava um tênis desses com sola bem grossa. Me perdoem o clichê, mas apesar de pequenino, seu coração é de gigante. Poucos jogadores encaram um jogo como Joel Muñoz, que pela segunda temporada seguida defende o time da capital capixaba.
Recentemente Paulo Murilo reclamou, em seu blog, a ausência do pequeno armador no Jogo das Estrelas. Onde assino, professor? Assinatura tardia e covarde, e, por isso, faço aqui a mea-culpa. Nos meus votos, preferi Larry e Sucatzky. Fosse hoje, o argentino daria lugar ao brilhante panamenho, uma das maiores atrações do NBB 3. Corajoso, aguerrido, com grande controle de bola e uma noção tática de dar inveja aos melhores da posição no país, ouso dizer que para voos maiores na carreira, lhe faltou uns 6, 8 centímetros.
Sorte nossa, que temos a chance de vê-lo por aqui. Muñoz, por ter jogado apenas em equipes que não aspiram muito em nossos campeonatos (há algumas temporadas, jogou no baiano ETC, ano passado no extinto Saldanha da Gama e agora pelo Vitória, que foi o que sobrou do time anterior) não costuma figurar em listas de melhores das competições. Talvez por isso ainda não tenha tido a chance de jogar em um dos times fortes do país. No fim do mês, o Sportv transmitirá dois jogos do Vitória, nas rodadas duplas contra Limeira e São José. Aproveitem para experimentar a sensação de ver Muñoz em quadra.
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Foto: Maísa Helena