Playoffs NBA preview: Denver Nuggets – Utah Jazz
Temporada regular: 3-1 Nuggets
Um confronto de extremos opostos. Jazz após um mal começo subiu muito de produção desde janeiro. Nuggets após sugerir ser o maior rival dos Lakers na conferência se arrastou até o fim da temporada em meio a contusões e inconstância e precisaram de muita sorte para ainda ter mando de quadra. Em suma os Nuggets são piores que a sua campanha sugere e Jazz melhor, mas mesmo assim temos tudo para termos uma série disputadíssima.
A campanha de 18-11 desde o ASG é só um pouco decepcionante, mas o mais preocupante é que salvo por um par de vitórias sobre Thunder e o outro sobre os Blazers, o único adversário forte que os Nuggets bateram foram os Lakers que enfrentam suas próprias dificuldades. Além disso, todas as três vitórias sobre o Jazz aconteceram até a primeira metade de janeiro, antes de o seu oponente deslanchar.
Os Nuggets têm o terceiro melhor ataque da NBA nas costas da produção de Carmelo e Billups. Nenhum time vai à linha de lances livres com tanta facilidade o que torna seu ataque um tanto dependente do apito amigo, o que pode ser problema se um Denver for obrigado a ganhar uma em Salt Lake City. A defesa do time está exatamente na média da temporada (107,5 por 100 posses), mas piorou muito depois da contusão de Kenyon Martin. K-Mart está de volta, mas jogando no sacrifício (assim como Chris Andersen), portanto a defesa deve seguir um tanto caótica. Outro sério desfalque é técnico George Karl que deve perder pelo menos mais esta primeira série com seu tratamento de câncer. Seu assistente Adrian Dantley não consegue controlar o time.
O Jazz foi o grande perdedor da ultimo dia da temporada. Uma vitória e eles seriam terceiro colocados com mando de quadra e uma chave com 3 adversários que dominaram ao longo do ano – com a derrota para os Suns terão que jogar mais fora numa chave com 3 times para os quais perderam as séries da temporada regular. Depois de um começo lento o time engatou no começou de Janeiro, mas regrediu nas últimas semanas (mesmo assim fecharam respeitáveis 21-11 desde o ASG). Carlos Boozer está jogando por um contrato milionário e Deron Williams é junto a Steve Nash o melhor armador da NBA está temporada, mas uma campanha de sucesso provavelmente depende da saúde de Andrei Kirilenko. Explica-se Jazz tem um ótimo ataque (com um dos arremessos mais eficientes) e uma defesa sólida, mas a última depende muito de AK47. O ala russo fazia uma grande temporada – sua melhor desde que foi All Star – quando se contundiu e os comandados de Jerry Sloan nunca recuperaram a constancia sem ele. Kirilenko deve voltar para a série, mas sua tentativa anterior de retornar terminou em nova contusão. A série pode muito bem ser definida por quem entre os coadjuvantes de luxo Martin e Kirilenko estiver mais saudável. Utah também precisa controlar os turnovers (a pior % entre os times do oeste) e torcer para que o ataque de Denver siga ignorando a existência de Nenê. Alem disso, Jazz deve passar boa parte da série de olho nos resultados de Lakers e Thunder, o seu retrospecto dos últimos anos contra os atuais campeões é tão ruim que só uma zebra do Thunder lhes dá esperança de avançar longe na pós temporada.
Previsão: Utah em 7 Filipe acredita que, com a ausência de Andrei Kirilenko por toda a série, o Denver é quem vence em 7!