Playoffs NBA preview: Phoenix Suns – Portland Trail Blazers
Temporada regular: 2-1 Blazers
Provavelmente a menos equilibrada das séries do oeste. Os Suns são o time mais constante da conferencia nos últimos 2 meses. Os Blazers não conseguem ficar saudáveis. Pelo menos os jogos tendem a ser interessantes e o confronto tem a curiosidade de opor o time mais rápido dos playoffs (os Suns realizam em média 95,3 posses por jogo) contra o mais cadenciado de toda a NBA (Blazers somente 87,6).
Olhando a temporada dos Suns duas coisas saltam aos olhos:
– O time deu o salto da loteria a candidato ao título depois de trocar Shaquille O’Neal por absolutamente nada e substituí-lo pelo combo Robin Lopez/Channing Frye.
– Não fosse uma péssima troca 2 anos atrás em que a equipe entregou aos Sonics/Thunder duas primeiras escolhas para se livrar de Kurt Thomas, os Suns certamente teriam trocado Amar’e Stroudmire em fevereiro e começado o processo de reconstrução.
Não fossem 2 péssimos negócios, os Suns definitivamente não estariam muito bem posicionados nestes playoffs. Às vezes, é preciso ter sorte.
Apesar de alguns sugerirem o contrario a defesa dos Suns é na frieza dos números pior do que nos de Mark D’Antoni. O time é a 24o. defesa da liga corrigida por ritmo (nos anos de D’Antoni ficaram sempre entre o 13o e 18o lugar) e única abaixo da média a chegar aos playoffs. Os Suns contestam arremessos e fazem rotações defensivas com um fervor bem maior do que antes, mas o time permite rebotes ofensivos num ritmo melhor somente que os Warriors (são 13,18 rebotes ofensivos do adversário por jogo, como comparação os Blazers cedem 9,77). Cerca de 30% dos rebotes retornam para os adversários resultando em pontos fáceis que eliminam os ganhos de marcação.
Por outro lado o ataque dos Suns é anormal. O time marca 115,3 pontos a cada 100 posses, o segundo melhor ataque (Hawks) marca 111,9. Uma das melhores marcas da história e a melhor dos Suns com Nash por quase um ponto. Nenhum time arremessa melhor que os Suns e poucos vão para linha de lances livres e pegam rebotes ofensivos tão bem. Por conta disso a despeito da defesa sofrer muitos pontos, Phoenix tem um diferencial ajustado similar ao dos Lakers (+5,1).
A grande decisão do time foi inserir Robin Lopez na formação titular nem tanto pelo que o jovem pivô acrescenta (apesar dele ser uma grata surpresa), mas por liberar Stoudmire para jogar com liberdade na sua posição original. Amar’e comemorou a situação com as seguintes médias:
Fevereiro 25,3-10,1
Março 27,3-9,9
Abril 26,4-9,3
Com Stoudmire jogando assim e Nash realizando provavelmente a melhor temporada de um armador de 36 anos de idade e um banco de reservas surpreendente (muito por conta das contribuições de Jared Dudley e Goran Dragic), os Suns são a maior surpresa entre os times com ambições sérias na pós temporada. O time está 23-6 desde o All Star Game e não parece que será parado facilmente.
Os Blazers vinham em boa ascendência (19-8 desde o ASG) e prometendo algum barulho nos playoffs com Marcus Camby melhorando muito a defesa do time até que Brandon Roy contundiu o joelho e terá que operar e perder o restante da temporada. Chega a ser previsível que a temporada marcado por contusões de todo o tipo se complete com seu melhor jogador numa sala de operações. Blazers seguem com seu jogo metódico e cadenciado e sua melhor chance deve ser tentar reduzir o ritmo dos Suns. Lentidão esconde as qualidades de seu ataque assim como as fragilidades da sua defesa. Um dos aspectos mais curiosos do confronto é que ambos os times são ótimos nos rebotes ofensivos e fracos nos defensivos, portanto podemos esperar muitos pontos de segunda chance. Roy e Miller haviam finalmente se encontrado juntos, mas isto não importa mais. Rudy Fernandez provavelmente substituirá Roy. Os Blazers devem se satisfizer se conseguirem sair da série com dignidade.
Previsão: Phoenix em 5.