Prefeitura de Nova Iguaçu ajudará basquete do Fla?
Em nota publicada na coluna do Ancelmo Gois, do Jornal O Globo, consta a informação de que o time do basquete do Clube de Regatas Flamengo poderá receber apoio financeiro da Prefeitura de Nova Iguaçu, comandada por Lindeberg Farias.
Caso confirmada a informação, é de se espantar o repentino apoio de prefeituras a esportes olímpicos do Flamengo, o que já ocorreu entre a Prefeitura de Niterói e a ginástica olímpica do clube, após a celebração de um contrato de R$ 3.840.000,00, por 4 anos de “patrocínio”.
Esse tipo de apoio com o dinheiro público não é incomum no basquete brasileiro, cujos times muitas vezes chegam a ser bancados integralmente por verbas municipais, como era o caso de Campos, por exemplo.
Lamentavelmente, essa destinação de verbas não constitui qualquer benefício a longo prazo para a sociedade. Na maior parte dos casos, monta-se um time de aluguel apenas para disputar alguns campeonatos, com fins nitidamente eleitorais.
É diferente do apoio de algumas prefeituras do interior paulista, que limitam a sua ajuda a gastos estruturais (reforma de ginásio, por exemplo) e/ou investimentos nas divisões de base.
No caso da equipe da Gávea, o que tem acontecido é ainda mais espantoso, na medida em que os “patrocinadores públicos” são prefeituras de cidades vizinhas vizinhas.
Soa bizarro que Nova Iguaçu, cidade com o 45º índice de desenvolvimento humano do estado do Rio de Janeiro e que não manteve o seu próprio time na LNB (no Campeonato Nacional de 2008, o Iguaçu teve uma campanha de 21 derrotas em 21 partidas), pretenda gastar dinheiro com um time da capital do estado do Rio de Janeiro.
Pergunta-se, também, qual seria a compensação para tal apoio. Será que o Flamengo seria obrigado a mandar as suas partidas em Nova Iguaçu?
Para a equipe rubro-negra, por sua vez, parece esta ser mais uma decisão paliativa, preterindo-se uma vez mais o ajuste dos evidentes problemas de gestão do clube, assunto amplamente já debatido no Draft Brasil.