Quem foi o MVP da temporada regular?
Terminada a fase regular do NBB2, lançamos, em enquete, ao lado do site, a pergunta: quem foi o MVP da temporada regular do NBB?
Alguns nomes prontamente surgiram no debate como candidatos sérios ao título.
Aquele que, ao fim do segundo round dos playoffs tiver mais votos será eleito o MVP Draft Brasil da temporada.
Vote! Mas aqui não tem como votar várias vezes (pelo menos eu não sei!). É um voto por computador. De qualquer maneira, dará pra ter uma noção de quem nossos leitores julgam merecedores da honraria.
Vamos aos indicados:
Alex
Alex é mesmo um jogador espetacular. A defesa, a intensidade, a força, a vontade em cada lança o colocam, certamente, como um dos melhores jogadores brasileiros do momento, independente da liga que disputem.
Conhecido por não fugir do pau, muitas vezes confundiu liderança e protagonismo com definição de ataques e aí se mostrou um jogador do tipo que não nos atrai tanto, com inúmeras presepadas e um arsenal de chutes de três que estão bem longe de ser sua especialidade.
Alex Garcia terminou a temporada com médias de 16 pontos (ótimos 49% de aproveitamento), 5 rebotes, 3 assistências, 3 faltas recebidas e uma roubada de bola em 27 minutos por jogo. Tudo isso são números interessantes, sem dúvida, mas o que o traz para essa menção aqui não é o que dizem as estatísticas, mas seu jogo em quadra. Talvez o número que mais importe seja o de vitórias de sua equipe: 21 em 26 jogos.
Guilherme
Considerado como melhor contratação para esta temporada do NBB, o ala da seleção brasileira justificou a expectativa em quadra. Além de liderar o líder Universo à liderança do campeonato, conseguiu números bastante expressivos em um tempo bastante reduzido de jogo. Foram médias de 21 pontos (57% de aproveitamento), 7 rebotes (2 ofensivos), 4 faltas recebidas e 2 assistências em 28 minutos.
Se tem, em seu favor em uma votação para MVP, o fato da equipe ser forte e ter terminado com a melhor campanha, o que pega contra ele é justamente o fato de ser muito bem acompanhado na equipe. Vai do critério de quem vota.
Sem dúvida Guilherme é um dos principais nomes do nosso campeonato e uma eleição como melhor jogador da competição premiaria a boa temporada que fez ao longo da fase regular, que é o que aqui estamos perguntando.
Marcelinho
O jogador mais dominante da história do NBB. Campeão da primeira edição, MVP de tudo, recordista e tudo mais. Marcelinho teria tudo para ser eleito mais uma vez o melhor jogador da competição. Com uma média de 27 pontos (50% de aproveitamento – 43% dos 3 pts) em 36 minutos, além de 6 rebotes, 2 assistências, 2 roubadas de bola e 5 faltas recebidas, liderou o Flamengo a mais uma grande temporada. O problema, porém, é que dessa vez o time não terminou com a melhor campanha.
Na verdade o time ficou muito perto de assim terminar, o que deixaria essa conversa bastante fácil. Acontece que, com a chegada em primeiro de um time que tem pelo menos 2 estrelas, a eleição fica em aberta – o que é, um pouco, a motivação desse post.
Como a votação é popular, Marcelinho tem dois aspectos que entram em conflito pra saber se ele será ou não eleito: o primeiro, abissalmente favorável, é ter ao seu lado a maior torcida de um clube no mundo, a do Flamengo. Em contrapartida, goza de bastante resistência do público que acompanha a seleção brasileira, que costuma marcar presença em nosso site.
Olivinha
Olivinha é o único jogador do NBB com 20 pontos (53% de aproveitamento) e 10 rebotes de média. São números espetaculares, se lembrarmos ainda que ele é um dos atletas que mais cavam faltas na competição: uma média de 4 por partida!
O ala-pivô joga, porém, em um time que não frequentou o topo da tabela por nenhum momento. O estilo de jogo de Mortari, porém, se não é efetivo na conquista de tantas vitórias quanto seu elenco sugere, dá a possibilidade bastante clara para que destaques individuais apareçam. É o treinador ideal para o atleta que busque estatísticas ousadas, pela liberdade que dá em quadra – ao contrário, por exemplo, de Hélio Rubens que costuma primar pelo basquete bastante coletivo em detrimento aos grandes momentos de individualismo.
O time do Pinheiros, porém, não foi só egoísmo ao longo da temporada. Se é bem verdade que demorou pra engrenar na competição, quando acertou, fez bons jogos e conquistou um lugar honroso, o que acabou garantindo em nossa lista dois jogadores!
Larry Taylor
O alienígena Larry Taylor é, certamente, pela segunda temporada consecutiva, o melhor estrangeiro do NBB. É também o jogador mais divertido de se assistir. O apelido, que ganhou na Jornada Esportiva (que é por onde acompanhamos boa parte dos jogos do Bauru essa temporada), explica bem o tipo de lances que o craque procura. Não por acaso, Guerrinha já garantiu sua permanência para a próxima temporada.
Com uma média de 16 pontos (49% de aproveitamento), 5 assistências, 5 rebotes e 4 faltas sofridas em 31 minutos, Larry, que conta que tornou corintiano por causa de Ronaldo, se consolida como o melhor armador do NBB. A frase de Lucas Tischer ao final do jogo 2 do primeiro round dos playoffs sobre ele foi emblemática. Perguntado como seria possível parar Larry, ele respondeu: “Só com um tiro de 12 na perna dele”.
É claro que Facundo Sucatzky é muito mais armador de jogadas do que ele, e até merecia entrar nessa lista. Mas Larry está em um nível assustador, e na reta final do campeonato, teve atuações primorosas. Já garantido entre os 8 melhores times, e desfalcado do segundo melhor jogador de perímetro, a esperança total da fanática torcida bauruense atende pelo nome de Larry Taylor.
Murilo
O armador do Pinheiros, Jamison Brewer, na noite em que a equipe varreu os rivais do Paulistano e garantiram um lugar entre os oito foi perguntado, no Sportv, qual era o melhor jogador brasileiro que ele havia visto, por aqui. Pensou e respondeu: “o pivô do Minas, Murilo. Ele é o jogador mais dominante que vi por aqui”.
Não é pra menos. Murilo tem, talvez, os números mais impressionantes de toda a liga: são 18 pontos (57% de aproveitamento), 9 rebotes e 6 faltas sofridas em 23 (!) minutos de média, por jogo.
O Minas não conseguiu fazer uma campanha de empolgar, mas sempre esteve no topo da tabela e até a reta final da competição brigou pela liderança. Não seria nenhum absurdo que Murilo fosse eleito o melhor jogador da competição, como sugeriu o ex-NBA Brewer. É por isso que está em nossa lista de indicados.
Shamell
O gringo-brasileiro Shamell trocou o interior paulista pela capital, demorou mas enfim encontrou um grande nível técnico conduzindo o já comentado time de Cláudio Mortari para o topo do campeonato.
Seus números não são exatamente impressionantes, mas quem o vê jogando tem certeza que trata-se de um grande talento no basquete brasileiro. São 22 pontos (50% de aproveitamento), 3 assistências, 4 rebotes e 4 faltas sofridas por jogo, em mais de 30 minutos de quadra.
Não foi sua grande temporada do ponto de vista de vencer jogos, mas está no mínimo credenciado para fazer parte dessa lista de indicações.
As ausências
Jogadores de Joinville e de Franca.
São duas equipes que tiveram mais destaques do ponto de vista coletivo do que individuais.
Está longe de ser um demérito isso.
Mas se ainda assim os torcedores quiserem votar, há a ferramenta para adicionar um nome à lista.
Foto: LNB