Raio-X do Pré-Olímpico Mundial

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Publicado em: 2/07/2012

Começa nessa segunda-feira, em Caracas, na Venezuela, o Pré-Olímpico Mundial masculino de basquete. O torneio conta com doze seleções e o que está em disputa são as três últimas vagas para os Jogos Olímpicos de Londres 2012.

O torneio vai até o próximo domingo, 8, e os quatro grupos estão divididos em:

Grupo A: Grécia, Jordânia e Porto Rico
Grupo B: Lituânia, Nigéria e Venezuela
Grupo C: Coréia do Sul, República Dominicana e Rússia
Grupo D: Angola, Macedônia e Nova Zelândia

A gente preparou um breve Raio-X das equipes participantes, pra você, leitor, ficar por dentro de tudo que de melhor acontecerá no torneio:

África:

Angola: Uma equipe aguerrida e há muitos anos jogando junto, a Angola vem ao Pré-Olímpico Mundial após perder a vaga para Londres nas eliminatórias africanas para a Tunísia. A equipe comandada por Jose Carlos Guimarães conta com os veteranos Carlos Almeida, Olimpio Cipriano e Eduardo Mingas como suas principais forças. Embora dificilmente consiga uma das vagas, é certo de que a seleção africana será uma pedra no sapato de seus adversários e pode complicar.

Nigéria: A equipe da Nigéria, que até poucos dias atrás estava no Brasil disputando o Torneio Eletrobras de Basquete, em São Carlos, é uma das grandes seleções do continente Africano. O treinador Ayo Bakare conta com Al-Farouk Aminu, jogador do New Orleans Hornets e Ike Diogu, com passagens por vários times da NBA para liderar a equipe na competição. As vitórias contra a Grã-Bretanha (que estará a Londres) há algumas semanas atrás e o ótimo jogo frente a Grécia em São Carlos dão moral a equipe que pode surpreender em Caracas.

América:

Porto Rico: Uma das principais forças do basquete latino-americano, Porto Rico é sempre uma equipe ousada e que pode surpreender. Com jogadores como Carlos Arroyo, Jose Juan Barea, Renaldo Balkman, Daniel Santiago e Nathan Peavy, a equipe dirigida por Flor Melendez aposta na mescla entre juventude e experiência para dar trabalho e beliscar uma das vagas para Londres disponíveis no Pré-Olímpico Mundial.

República Domincana: A equipe comandada por John Calipari, um dos principais treinadores do basquete universitário americano, é uma das maiores candidatas a roubar uma das três vagas em jogo em Caracas das forças europeias. Com um grande potencial defensivo e ofensivo, a República Dominicana aposta suas fichas em Al Horford, jogador do Atlanta Hawks e no ala do Sacramento Kings, Francisco Garcia. A equipe, que ainda conta com Jack Martinez, Josh Asselin e Luis Flores vai a Caracas desfalcada de um dos principais jogadores da equipe, o ala-pivô Charlie Villanueva, dispensado por Calipari com problemas de peso.

Venezuela: Anfitriã, a equipe comandada pelo treinador americano Eric Musselman vai ao Pré-Olímpico contanto com o apoio da torcida para surpreender. Apesar de ser uma força menor nas Américas, o povo venezuelano são apaixonados por basquete e aposta todas as suas fichas no excelente armador do Memphis Grizzlies, Greivis Vasquez, para comandar a equipe e não fazer feio no torneio.

Ásia:

Coréia do Sul: Sem muita tradição em torneios internacionais, a Coréia do Sul, assim como a Jordânia, chega a Caracas como azarões e sem muita chance de buscar algo a mais na competição. O time comandado por Jae Hur tem nas bolas de três pontos e no veterano Eric Sandrim os principais trunfos no torneio.

Jordânia: Talvez a equipe mais fraca na competição, a Jordânia tem como principal destaque o seu treinador, o norteamericano Tab Baldwin. Tendo nada a perder no Pré-Olímpico Mundial, os jordanos vão a Caracas contando com Rasheim Wright, Osama Daghles e Zaid Alkhas pensando baixo para tentar algo grande.

Europa:

Grécia: A poderosa seleção grega estará em Caracas, pois, apesar da boa campanha feita no último Eurobasket, na Lituânia, caiu frente a finalista França e terá no Pré-Olimpico a última oportunidade para estar em Londres. Uma das favoritas, a seleção conta com o último MVP das finais da Euroliga, o armador Vassilis Spanoulis, para suprir as ausências de Schortsanitis (machucado) e Diamantidis (que se aposentou da seleção nacional) e garantir uma das vagas. Trata-se de um conjunto muito bem articulado e que joga junto há tempos na seleção grega.

Lituania: Anfitriã do último Eurobasket, a Lituânia perdeu a chance de ir para as Olimpíadas dentro de seus domínios após perder para a Macedônia nas quartas-de-final. Em Caracas, a equipe dirigida por KEstutis Kemzura conta com Linas Kleiza, jogador  do Toronto Raptors, Sarunas Jsaikevicius e do jovem atleta do Lietuvos Rytas, Jonas Valanciunas para garantir uma das três vagas para Londres. A equipe, que é uma das principais forças do basquete europeu, tem como principal característica os contra-ataques e os chutes de fora, com altas porcentagens e é uma das grandes favoritas nos jogos em Caracas.

Macedônia: A principal surpresa do último Eurobasket, a equipe da Macedônia tem como principal trunfo a defesa. O técnico Marjan Lazovski tem como destaques o americano naturalizado Bo McCalebb, muito rápido nas infiltrações e jogador do Montepaschi Siena, da Itália. Os macedônios ainda contam com o atlético pivô do Olympiacos Antic Mas e com as assistências do armador Vlado Iliesvki. Apostando na já citada defesa e nos contra-ataques, a Macedônia é uma das equipes que podem surpreender no torneio e beliscar uma das vagas para Londres.

Rússia: Terceiro lugar no Eurobasket, a Rússia vai ao Pré-Olímpico Mundial como a principal força do torneio. A equipe conta com grandes nomes do basquete europeu, como Andrei Kirilenko, Timofey Mogzgov e Aleksey Shved. Com um jogo de garrafão poderoso, os comandados de David Blatt têm chances de, além de garantir uma das vagas para Londres, brigar por medalha na maior competição esportiva mundial.

Oceania:

Nova Zelândia: Mais uma equipe que se esteve em São Carlos participando do Torneio Eletrobras, a Nova Zelândia é uma das equipes menores que vão a Caracas e não devem surpreender, ainda mais após a ausência de Kirk Penney, sua principal arma ofensiva, machucado. A equipe neozelandesa tem como destaques o pivô Casey Frank, Alex Pledgher e o escolta Tai Webster. Todavia, o que deve chamar mais atenção em Caracas por parte da Nova Zelândia será a dança “Haka”, tradicional no país e que a equipe da Nova Zelândia costuma realizar antes de seus jogos.

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