Revisão da Temporada Regular 2010/2011 da NBA
O Draft Brasil fará uma breve revisão de todas as equipes que não irão para os playoffs desta temporada regular da NBA, que acabou ontem à noite. Começaremos da pior campanha até a melhor equipe que não alcançou a fase final. Neste texto, a análise dos sacos de pancadas da temporada, as seis franquias que não conseguiram atingir nem 30 vitórias ! No próximo texto, as equipes restantes que acordaram hoje de férias.
Lembrando que a série de análises sobre os confrontos dos playoffs também continua !
30º – Minnesota Timberwolves – 17-65
Mais uma vez o Wolves andam pouco para frente. Com um elenco recheado de jovens atletas, alguns promissores, o time não se encontrou e venceu apenas 17 jogos nesta temporada, dois à mais do que na temporada anterior, muito pouco. Aliás, a equipe terminou com 15 derrotas seguidas neste final de temporada e a última vitória veio em 11 de março, ou seja, a temporada até que enfim acabou pro Wolves!
O dono da bola em Minnesota. Fez muito, mas ainda assim, não foi o suficiente.
O grande destaque foi Kevin Love, que quebrou o recorde de Moses Malone em doubles-doubles consecutivos, conseguindo 52 deles, algo surreal. Aliás, Love é a única coisa positiva de toda a temporada da equipe. O ala/pivô ainda conseguiu terminar a temporada com médias de 20 pontos e 15 rebotes, por jogo.
Quinteto inical que mais atuou na temporada: Luke Ridnour, Wes Johnson, Michael Beasley, Kevin Love e Darko Milicic (35 jogos com 7 vitórias e 28 derrotas).
29º – Cleveland Cavaliers – 19-63
Entra no livro de recordes da liga, como a equipe que perdeu maior número de jogos seguidos na história da NBA. Foram 26 derrotas seguidas entre 20 de dezembro e 9 de fevereiro. O Cavs venceu o LA Clippers em 11 de fevereiro e dessa forma, encerrou o jejum de vitórias. Para quem viveu estes dias e claro, para quem virou a maior piada da liga, conquistar 19 vitórias soa estranho e parece muito para um time que se mostrou péssimo durante toda jornada.
Varejão, machucado por quase toda a temporada,
assitiu a temporada sem poder ajudar em quadra.
Se alguém tinha dúvida sobre a falta que faria LeBron James, não tem mais. E a grande vitória da temporada foi contra o ex-ídolo da equipe, em 29 de março, em uma visita do Heat à Ohio. 102 x 90 para os anfitriões nas poucas alegrias da temporada.
Outro fator positivo foi o apoio da torcida durante toda temporada. Terceira maior média de público, com aproxidamente 20.100 pessoas por partida, uma grande vitória para a franquia mesmo perdendo tantas vezes dentro de quadra. Não foram poucas pessoas que viram o Cavs passar vergonha na temporada.
Quinteto inicial que mais atuou na temporada: Ramon Sessions, Alonzo Gee, Anthony Parker, Samardo Samuels e JJ Hickson (10 jogos – 2 vitórias e 8 derrotas).
28º – Toronto Raptors – 22-60
A temporada do Toronto tinha sinal de derrota após a saída do melhor atleta, Chris Bosh. E a previsão foi correta. Uma equipe fraca, com poucos bons momentos e praticamente apagada por toda a temporada. A franquia parece sem rumo, com extrema dificuldade em conseguir desenvolver um padrão de jogo que seja eficiente e disputou toda a temporada sabendo que almejar qualquer coisa um passo além, era praticamente impossível.
Apesar de terceiro cestinha da equipe,
foi tímida a temporada o brasileiro.
Destaques para DeMar DeRozan, Jose Calderon e Andrea Bargnani, todos com bons momentos e boas marcas em alguns fundamentos, mas sem regularidade. Leandrinho Barbosa terminou como terceiro cestinha da equipe, 13 pontos por partida, porém prejudicado por lesões, atuou em apenas 58 partidas.
Quinteto inicial que mais atuou na temporada: Jose Calderon, DeMar DeRozan, Sonny Weems, Amir Johnson e Andrea Bargnani (14 jogos – 4 vitórias e 10 derrotas).
27º – Washington Wizards – 23-59
A equipe do novato John Wall teve a grande conquista da temporada, no escritório: enviou Gilbert Arenas para alguém. Na troca, recebeu o péssimo contrato de Rashard Lewis em troca, porém o lateral não é um problema ambulante ou uma bomba relógio que explode sempre quando não deve.
Wall é a aposta de todos em Washington para o renascimento do Wizards.
Com muitos garotos tentando um lugar ao Sol, Washington teve em Andray Blatche e Nick Young dois bons destaques, além, claro, do novato citado. Jordan Crawford que chegou na troca que enviou Kirk Hinrich para Atlanta, também teve seu brilho nos últimos 26 jogos da temporada. Além disso, a incrível marca de 29 times titulares diferentes em 82 jogos, o que deixa claro que problemas não faltaram para o técnico Flip Saunders, que demonstrou não ter as soluções ! O Wizards pelo menos conseguiu tranquilidade, isso é mais do que positivo.
Quinteto inicial que mais atuou na temporada: John Wall, Nick Young, Rashard Lewis, Andray Blatche e JaVale McGee (16 jogos – 6 vitórias e 10 derrotas).
26º – New Jersey Nets – 24-58
A franquia se movimentou tanto na off-season que a expectativa era ao menos descobrir alguém, uma surpresa que fosse. Nada disso aconteceu. Os contratados foram pífios, para não dizer terríveis. Gastar 10 MI de dólares nesta temporada com os contratos de Johan Petro e Travis Outlaw, de forma alguma pode ser encarado como acerto. É apenas uma forma diferente de queimar dinheiro. Se na temporada anterior o Nets venceu 12 partidas, ao menos dobrou o resultado na atual e na data limite das trocas, trouxe o armador Deron Williams por um pacote de jovens e escolhas para Utah.
Deron Williams saiu da crise que afundou Utah e caiu de pára-quedas nas derrotas rotineiras em New Jersey
Ainda assim, o Nets parece muito mais preocupado com a ida para o Brooklyn e perdendo muito tempo em discussões de botequim sobre quem deveria chegar, quanto deveria gastar e quem deveria sair, ao invés de se preocupar em ter jogado bem e se transformado o time em um atrativo para alguém, também pelo que realizou dentro de quadra. Como jogar bem não foi possível, New Jersey acaba mais uma temporada perdendo muito mais do que ganhando para um ginásio que vive vazio.(terceira pior média de público da liga: aproximadamente 14.100 fãs por jogo.)
Quinteto inicial que mais atuou na temporada: Devin Harris, Stephen Graham, Travis Outlaw, Derrick Favors e Brook Lopez (15 jogos – 6 vitórias e 9 derrotas).
27º – Sacramento Kings – 24-58
Tyreke Evans viveu uma temporada conturbada com lesões, o que garantiu sua inconstância por toda a jornada e apenas 57 jogos disputados. DeMarcus Cousins foi o caloro sensação da equipe, com algumas boas atuações, porém com problema crônico em conseguir faltas idiotas a todo momento. Marcus Thornton chegou à equipe e virou cestinha do time nos 27 jogos que atuou. Média de 21 pontos por partida com aproveitamento de 45% nos arremessos. Outra boa notícia para Sacramento.
Pode ter sido a temporada do adeus do Kings, que pode não retornar à capital da Califórnia para próxima temporada.
E provavelmente será a última vez que escrevemos uma revisão de temporada com este nome: Sacramento Kings. Até o fechamento deste texto, tudo parece muito bem encaminhado para o time jogar, a partir da próxima temporada, em Anaheim com o nome de Royals! A fanática torcida do Kings, que acompanha a equipe na cidade desde a temporada 85/86 se despede sem ajudar muito dessa vez, foi a penúltima em público, com a média de apenas 13.800 torcedores por noite. Melancólico final para todos.
Quinteto inicial que mais atuou na temporada: Beno Udrih, Marcus Thornton, Francisco Garcia, DeMarcus Cousins e Samuel Dalembert (12 jogos – 6 vitórias e 6 derrotas).