San Antonio Spurs x Memphis Grizzilies

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Publicado em: 17/04/2011

Oeste
Playoffs 2010/201
1ª Rodada
1º – San Antonio Spurs x Memphis Grizzilies – 7º

Uma das gratas surpresas da temporada, o Memphis avança para a fase final algo que não conseguia desde os tempos de Pau Gasol, na temporada 2005/06. Porém se o time comandado pelo espanhol não conseguiu vencer nenhuma partida em três playoffs que avançaram, o time comandado pelo ala/pivô Zach Randolph tem esta missão: vencer pelo menos uma partida.

Lionel Hollins assumiu o jovem elenco do Memphis no meio da temporada retrasada, porém somente no decorrer da temporada 2009/2010 que o trabalho do treinador começou a dar resultados, com uma mudança de postura da equipe, que deixou de ser derrota com facilidade em qualquer local, para se tornar um osso duro de roer e incomodar muito aos adversários.

Marc Gasol, irmão mais novo de Pau, forma com Zach Randolph uma excelente dupla de garrafão. Com muitas combinações e troca de passes entre os dois, o garrafão ofensivo de Memphis cria problemas para qualquer defesa. O armador Mike Conley se tornou mais constante e tem feito boas apresentações. Além deles, o time tem o lateral Rudy Gay, campeão do Mundo em 2010, que é a válvula de escape da equipe no perímetro. Porém, o ala se contundiu e não atuará nos playoffs. Um desfalque sem proporções para o Grizzilies, há dois meses machucado e sem previsão de retorno, pois ainda não operou. No lugar de Gay, Sam Young eTony Allen ganharam mais minutos e não foi só, com um movimento no limite das trocas, o time trouxe de volta Shane Battier, que havia sido trocado para Houston pelo próprio Gay à algumas temporadas atrás.

Tony Allen merece destaque especial. Após frequentar o banco do Celtics por anos, ser campeão na equipe, resolveu sair. E sua importância foi comprovada ao demonstrar toda sua força defensiva. O lateral consegue aplicar defesas fortes e ainda tem pernas para chegar ao ataque e cooperar, normalmente com bolas próximas ao aro, cavando faltas ou simplesmente enterrando a todos na sua frente. É um bom valor neste time do Memphis.

Mas para conseguir atingir o objetivo, Memphis terá pela frente, simplesmente, San Antonio Spurs. O time do Texas dispensa maiores comentários. Quatro vezes campeão da NBA sob o comando de Greg Popovich (fora de quadra) e Tim Duncan (dentro de quadra), a equipe é mais do que experiente e rodada.

Na rodada 50 desta temporada, o Spurs tinha o recorde de 39 vitórias e 11 derrotas. Nos últimos 32 jogos da temporada, o rendimento caiu para 22 vitórias e 10 derrotas. Com isso, o time deixou o primeiro lugar da liga, que ficou com Chicago (62-20), mas ainda conseguiu o mando de quadra até as finais do Oeste ou em caso de encontro na final com qualquer outro time do Leste, se não Bulls, também terá mando.

Zach Randolph e Marc Gasol terão missão complicada contraTim Duncan e o SA Spurs,
vence-los é o sonho do Memphis e obrigação dos texanos

Tim Duncan jogou apenas 28 minutos por noite, fato que ocorre pela primeira vez na carreira. Claro, a medida visa proteger e prolongar a vida útil do seu principal jogador. No Spurs, ninguem jogou mais do que 32 minutos por jogo na temporada, algo impressionante dentro da NBA atual, quando vários jogadores se esforçam por 38, 40 minutos em todos os encontros.

Mas, se Duncan continua sendo a referência defensiva, ofensivamente não é mais. O time é controlado pela dupla Manu Ginobili e Tony Parker. O primeiro é sensacional, arma, finaliza, leva os times nas costas nos momentos finais, se necessário. O segundo tem fintas de corpo e um arremesso de média distância, saindo do drible que é fantástico. Fora isso, tem na cabeça todo o esquema de jogo de Pop e conseguem passar para a quadra com muita competência. São os termômetros da equipe, que raramente anda pra frente em dias ruins de ambos.

Na última rodada da temporada regular, quarta passada, Manu machucou o cotovelo e está em dúvida para estréia, hoje, no jogo 1 da série. Sem ele, o Spurs terá de achar gente apta para cooperar ao máximo. George Hill e Gary Neal são os dois nomes que vem à cabeça primeiro. Donos de chutes de perímetro de alta qualidade e acostumados dentro do esquema, devem fazer o papel de Manu, caso o argentino não jogue algumas partidas. Dentro do garrafão, o time tem a presença de DeJuan Blair, monstro nos rebotes porém inconstante dentro de quadra, o veterano Antonio McDyess, que tem um bom chute de média distância, além do respeito dentro da liga e o brasileiro Tiago Splitter, que teve poucas chances nesta temporada, porém quando entrou e teve tempo de jogar, pareceu muito concentrado e atuando de forma interessante. Mas, ainda não foi nesta temporada em que se tornou titular ou referência, mas pelo que demonstrou, tem condições de ser um nome de peso para o futuro. Além deles, Matt Bonner é um chutador de três excepcional, com aproveitamento excelente (45,7%) e com jogadas para matar livres as bolas que se mostraram um diferencial desta equipe.

Com a experiência de anos jogando em playoffs, com a força do elenco e com muita disposição nesta temporada, San Antonio é favorito nessa série e também um dos cogitados para levar o título.

Quinteto Inicial do San Antonio: Tony Parker, Manu Ginobili, Richard Jefferson, Tim Duncan e Antonio McDyess.
Principais Reservas: George Hill, Gary Neal, DeJuan Blair, Matt Bonner e Tiago Splitter.
Técnico: Greg Popovich

Quinteto Inicial do Memphis: Mike Conley, Tony Allen, Sam Young, Zach Randolph e Marc Gasol.
Principais Reservas: Shane Battier, Greivis Vasquez e OJ Mayo.
Técnico: Lionell Hollins

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