Sem pânico
O 3º período da seleção brasileira contra Porto Rico na estreia da Copa América 2013 nos fez acreditar que o selecionado de Rúben Magnano poderia sair de quadra com a vitória – um sentimento passível de dúvida antes da bola subir, já que alguns jogadores que estão representando a “amarelinha” não estariam lá – caso não sofrêssemos com os pedidos de dispensa, além do adversário ser o grande favorito ao título, é claro. A vitória não veio, mas calma, não há motivos para pânico.
Sempre quando se inicia um Pré-Mundial ou um Pré-Olímpico, pergunto-me: qual é o objetivo dessa competição? Somente se classificar ou ir além, e ficar com o título? Se Magnano e seus comandados visam o título em território venezuelano, o caminho será mais árduo e, nas atuais circunstâncias, bastante improvável. Porém, se a missão é simplesmente se classificar para o Mundial da Espanha, que começará exatamente daqui a um ano (em 30/08/2014) – e o elenco que está à disposição do argentino é mais para lutar pura e simplesmente por uma das vagas – não há necessidade de tanta preocupação como muitos estão tendo.
Com um time “capenga” e cheio de desfalques, vendemos caro a derrota para o selecionado que menos sofreu com problemas de dispensa e que, por tabela, tornou-se o favorito para o título da competição que vai dar aos 4 primeiros colocados o direito de estar na Espanha em 2014 para a disputa do título mundial. Não podemos apenas falar que o Brasil falhou em determinados momentos do jogo. Temos que reconhecer a superioridade do adversário, que com as peças que possui é superior aos brasileiros que estão lá.
A derrota para os porto-riquenhos não teve nada de sobrenatural. O caminho da seleção brasileira no restante da 1ª fase, contra Canadá, Jamaica e Uruguai, deve ser mais tranquilo, principalmente contra os 2 últimos citados. O maior problema pode estar na 2ª fase, quando aí sim teremos 2 times complicados pela frente, a Argentina e a República Dominicana pelo caminho.
Podemos ver o Brasil chegar até a final? Sim. Podemos ver os jogadores levantando a taça? Também. Mas uma vaga no Mundial para esta equipe, dada as atuais circunstâncias, já está de ótimo tamanho. E é isso que a seleção precisa, da vaga para o torneio em 2014. Afinal, o Brasil que estamos comentando hoje não é o que temos de melhor, como time que disputou as Olimpíadas de Londres em 2012, assim como não é o time que pode estar na Espanha e nem o que já está com vaga garantida para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.
Há 4 vagas para o Mundial e 5 potenciais candidatos (Porto Rico, Canadá, Brasil, Argentina e República Dominicana). A única coisa que o Brasil precisa fazer é estar na semifinal. E não é feio dizer isso, pelo contrário. Quem não se lembra que a seleção brasileira de futebol, campeã do mundo em 2002, fez péssima campanha nas eliminatórias e quase ficou de fora pela 1ª vez na história da competição? Melhor, quando você lembra dos times que disputaram as Copas de 2006 e 2010, se lembra do vexame ou que fomos campeões em ambas as ocasiões das eliminatórias?
Com time completo ou não, com estrelas da NBA ou sem, o que vale é a vaga no Mundial, o resto é luxo!