Stern: “Não tenho pressa para resolver se os jogadores da NBA vão continuar disputando as Olimpíadas.”
O presidente do USA Basketball, Jerry Colangelo, disse nesta 5ª feira que quanto mais cedo a regra da idade for definida para o Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, será melhor.
Por outro lado, o comissário da NBA, David Stern, não tem pressa para tomar alguma conclusão, se estas serão as últimas Olimpíadas para os jogadores da NBA de todas as idades ou se os jogadores com menos de 23 anos irão competir nas futuras Olimpíadas.
“Nada é definitivo”, disse Stern ao caderno de esportes do USA Today nesta 5ª feira. “Tudo o que estamos discutindo é sobre esta questão, que foi decidida há 20 anos para as Olimpíadas de Barcelona. Qual é a melhor maneira de continuar o crescimento do basquete na esfera global?”
Ele disse que não foi influenciado pelos recentes comentários do armador do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, que mudar o formato de disputa do basquete olímpico utilizando jogadores com menos de 23 anos de idade seria algo “estúpido”.
“Esta não é uma questão urgente”, disse Stern, comissário da NBA desde 1984. “Esta é apenas uma oportunidade de termos uma discussão inteligente com nossos amigos da FIBA (o órgão internacional que rege o basquete).”
Independentemente disso, a NBA e WNBA tem uma influência óbvia sobre os Jogos Olímpicos, cujo campeonato ganhou popularidade no mundo inteiro desde que o Dream Team ganhou a medalha de ouro em 1992.
Um recorde de 38 jogadores da NBA e de 16 ex-jogadores da NBA estão programadas para disputar o evento entre as 12 equipes, que começa no próximo domingo, dia 29/07.
“Você está vendo a influência do nosso basquete e o chamariz que se tornou na visão global”, disse Stern.
Nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, os primeiros a permitirem jogadores da NBA, 17 jogadores e 3 ex-jogadores da NBA participaram do torneio. O número continuou a subir: 26 jogadores e 6 ex-jogadores participaram das Olimpíadas de 2004, já 28 jogadores e 11 ex-jogadores da liga disputaram os jogos de Pequim em 2008.
“Podemos estar à altura deles”, disse Stern. “Quando você está transmitindo os seus jogos para mais países e territórios do que existem como membros da ONU (Organização das Nações Unidas), você está começando a ampliar os limites superiores. As Olimpíadas de Pequim, provavelmente, foram o ápice, onde a partida entre EUA X China foi o jogo mais assistido na história. ”
Em um breve período, diz Stern, o basquete se tornou um dos esportes mais populares nas Olimpíadas. “Para mim, o basquete é claramente um dos 3 pilares dos Jogos Olímpicos”, disse ele. “Provavelmente, os outras são a natação e o atletismo. Essa é a herança. O mundo entende que as competições de basquete atingem muitos países, e está no topo das disputas olímpicas.
“O que estamos vendo agora é que os ingressos para o basquete se tornaram os mais difíceis de serem adquiridos nas Olimpíadas.”
Stern participou das Olimpíadas em 1992, 1996, 2004 e 2008 e pretende chegar em Londres, juntamente com o vice-comissário, Adam Silver, para as partidas de quartas de final, semifinais e finais.
Ao lado de uma possível disputa pela medalha de ouro entre EUA X Espanha, Stern afirmou que está ansioso para os jogos contra a França (com 6 jogadores na NBA), a Argentina (4 jogadores) e o Brasil (4 jogadores).
“Também estamos ansiosos para uma das histórias mais anunciada dos Jogos Olímpicos: a tentativa da equipe feminina dos EUA de ganhar a medalha pela 5ª vez consecutiva”, disse Stern. “Isso é uma façanha extraordinária e a seqüência da excelência.”