Supercopa x Supercopa 1ª,2ª e 3ª divisões… hora de mudar a história, por Chiaretto Costa
A Associação de Clubes do Basquetebol Brasileiro(ACBB), vai dando o ponta pé inicial no seu primeiro campeonato. Clubes bem estruturados e tradicionais, transmissão de jogos por TVs que promovem muito o basquete e o melhor mercado do país para se vender esporte ou qualquer outro produto, São Paulo. Esses são alguns dos predicados que a nova competição de mais um grupo de descontentes e/ou excluídos da CBB reúne.
Em outra região do Brasil, a Nordeste, a Supercopa vem com o nome da mesma região, mas, no seu segundo ano, já inundou a região Norte, atraindo os paraenses Remo e o Paysandu, este quinto colocado na NLB. Com inacreditáveis 40 times confirmados na temporada 2008, o modelo tem feito sucesso entre os basqueteiros de lá.
O empreendedorismo de Ives Costa, ex-jogador, apostou no negócio: Uma competição de basquete. No site www.supercopanordeste.com.br, ostenta quase meia dúzia de patrocinadores. Transmite os jogos na TV educativa e na internet e tem sua empresa por trás do planejamento e venda de tudo, a Exitus Empreendimentos Esportivos.
Em primeira análise, poderíamos ignorar a iniciativa dos nordestinos em detrimento da supercopa paulista, mas não dá para ignorar 40 times e 480 atletas. Mesmo se a competição não tem os créditos do círculo do alto rendimento, o que chama a atenção,é a iniciativa ser particular e depois associativa, a exemplo do que foi a NLB e o que é a ACBB,e não nasceu num meio político desfavorável e sim da pura necessidade de fazer uma coisa que ninguém fez ali. Era hora de o gestor maior do desporto no país aproveitar a oportunidade e estruturar as competições nacionais, sem orgulhos ou melindres ou delegar de verdade tais poderes para os clubes.
Naturalmente, essa é uma conta muito lógica. Não precisa ser expert em marketing esportivo ou um profundo conhecedor da estrutura esportiva para juntar os 40 do nordeste, com os 8 de São Paulo e os 11 da CBB, e os mais do sul do país em uma única competição com um ranqueamento factível. Muito mais vendável, muito mais praças jogando sob o mesmo brasão. Sei que não sou o primeiro que sugere isso ao presidente Grego, mas repetir não ofende. Esse costume de colocar dificuldade em tudo, é coisa de gente preguiçosa, que não quer trabalhar. Não se deve usar a desculpa do desnível técnico. Lembrem que o Paysandu foi quinto na NLB e perdeu nas quartas para o campeão Limeira, por 3 x 1, e é o favorito a vencer lá no Norte.
Contudo, não basta dar lições, é preciso mudar a história. Vida longa à ACBB, à Supercopa Nordeste e saudosas referências à NLB.
Chiaretto Costa