Tenso como sempre, mas dessa vez com vitória

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Publicado em: 28/08/2009

A Argentina entrou com ânimo renovado na partida, disputando todas as bolas e comemorando efusivamente todas as jogadas. No início, isso parece ter afetado o time brasileiro, que demonstrou um certo nervosismo. Tanto assim que os argentinos logo abriram 8×4.

Contudo, a seleção brasileira logo reagiu com jogadas dentro do garrafão. Foram 10 pontos seguidos dos brasileiros, os dois últimos através de uma bela cravada de Tiago Splitter.

Cheio de vontade no confronto direto com Anderson Varejão, Luis Scola cometeu a sua 2ª falta a 2 minutos do fim do período. Resultado: foi para o banco.

Não fossem erros bobos, principalmente nos contra-ataques, o time brasileiro teria terminado o período com uma vantagem maior. Mas não dá para reclamar, já que Anderson Varejão tirou da cartola uma cesta de 3 pontos no estouro do cronômetro, fechando a parcial em 21 x 13.

O segundo período começou num ritmo muito mais lento, com as duas equipes encontrando dificuldades para pontuar. Alex exercia uma excelente marcação individual em Prigioni, o que irritou o argentino e chamou atenção da arbitragem.

Nesse momento, a partida virou uma grande pelada, com lances bizonhos dos dois lados e excesso de contato físico. Melhor para a seleção argentina, que encostou no placar: 23 x 21.

Um dos dois únicos jogadores do banco de reservas utilizados na partida, Marcelinho Machado entrou em quadra, mas não entrou no jogo. Caiu na pilha dos argentinos e voltou ao banco com 4 faltas relâmpago.

O apagão brasileiro só terminou com uma cesta de 3 pontos de Guilherme Giovannoni. Era apenas o quinto ponto brasileiro no período, após 8 minutos. A partir daí, os ventos mudaram novamente de rumo e, com duas belas infiltrações de Marcelinho Huertas, o Brasil fechava o primeiro tempo com uma parcial de 16 x 2 para o Brasil.

Intervalo de partida e o placar apontava: 37 x 23.

Apesar de o Brasil ter voltado marcando defesa zona, a Argentina começou o 3º período com 4 pontos obtidos dentro do garrafão. Logo em seguida, Luis Scola cometeu a sua 3ª falta em cima de Anderson Varejão. O lance gerou reclamação e uma falta técnica contra os argentinos.

Com uma bela finta no garrafão, Huertas colocou Scola para sambar e ampliou o placar para 40 x 27. Os argentinos começavam a perder a cabeça e outra falta técnica foi marcada, dessa vez contra Prigioni. Infelizmente, a arbitragem tratou de compensar logo em seguida, disparando faltas técnicas aparentemente injustificáveis contra os brasileiros.

Com isso, os argentinos foram diminuindo aos poucos a vantagem brasileira construída no 1º tempo. Em jogada de 3 pontos de Pablo Prigioni, a diferença caiu para apenas 6 pontos.

Aproveitando-se de erros consecutivos em arremessos de longa distância dos adversários,   Varejão e Huertas reestabeleceram a vantagem brasileira e, com um arremesso de 3 pontos de Guilherme Giovannoni no estouro do cronômetro, o Brasil fechou o 3º período com uma vantagem de 60 x 46.

O último período foi marcado não apenas pela tensão, mas também por uma gangorra no placar. A vantagem ora caia para 6/8 pontos, ora voltava para a casa dos 12/14 pontos.

O momento mais perigoso para a seleção foi uma série de fintas e ganchos de Luis Scola para cima de Tiago Splitter. A reação argentina levou um duro golpe quando Scola foi eliminado com 5 faltas.

Um arremesso de 3 pontos de Leonardo Gutierrez ainda derrubou a vantagem brasileira para apenas 5 pontos (68 x 63), Leandrinho, no entanto, apareceu com 5 pontos consecutivos e o Brasil não olhou mais para trás.

Final de partida: 76 x 67 Argentina. Foi a primeira vitória em partidas oficiais sobre os hermanos desde 2006, quando Nezinho acertou uma cesta no estouro para levar o Brasil para a final do Sul-Americano na Venezuela.

Os maiores destaques do Brasil foram Anderson Varejão (especialista em partidas catimbadas) com 19 pontos e 9 rebotes e Marcelo Huertas, que anotou 18 pontos, 7 rebotes e 5 assistências. Para os argentinos, destaque isolado para Luis Scola e seus 19 pontos.

Diante da importância da partida, Moncho Monsalve novamente utilizou apenas 7 jogadores em sua rotação. Amanhã é dia de folga para os brasileiros e, no domingo, contra o Panamá, é possível que alguns jogadores titulares sejam inclusive poupados.

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