Top 5: Jovens do Mundial
No segundo top que aqui propomos, como nos foi sugerido pelo twitter, falaremos dos principais jovens que estarão na Turquia. O critério aqui adotado foi que fosse nascido a partir de 1988.
1 – Kevin Durant (Estados Unidos)
O jovem ala do Oklahoma City Thunder chega ao Mundial depois de ter feito a melhor temporada da carreira. Mais de 30 pontos por jogo na NBA é uma marca assustadora, que ilustra bem a facilidade que esse rapaz tem para pontuar. Com incrível aproveitamento de arremessos de qualquer lugar, alterna o seu ótimo chute com um jogo bastante agressivo procurando o contato. Não encontrará na Turquia, porém, árbitros tão amistosos para o levar à linha do tiro livre quanto encontra na liga estadunidense. Por ter sempre um grande número de atletas capazes de pontuar, não será fácil para que o ala lidere a competição em cestas feitas, e, pra piorar, os rumores que chegam da preparação do time do Coach K é que Durant pode até mesmo quebrar um galho dentro do garrafão – onde perderia o que tem de melhor no seu jogo. Some-se a isso a dificuldade básica em relação às regras FIBA e a defesa mais pressionada e com mais contato físico e teremos o maior desafio na carreira desta promessa mundial do basquete.
2 – Ricky Rubio (Espanha)
A idade de Ricky é tão assustadora que ele deve ficar por quase uma década presente em listas de jovens talentos e nunca parecerá velho. Estreou profissionalmente aos 14, jogou final olímpica aos 18, foi campeão europeu como titular aos 19 e chega aos 20 para o seu primeiro mundial como uma das estrelas da melhor seleção do mundo. A sua convocação já é um assombro. Ele é apenas dois anos mais velho que Raulzinho – que deve ser o atleta mais jovem na Turquia, e já barrou para estar no grupo, atletas como Rafa Martinez, Carlos Cabezas, Raúl Lopez e Sergio Rodriguez. Qualquer um desses lutaria com Huertas pela posição titular da seleção brasileira. Como todo jovem, Rubio luta contra a inconsistência e traz consigo a responsabilidade de jogar em alto risco, com uma margem baixa de erro, marcando forte e sem falta. Não é pouca coisa, mas para um armador talhado como ele, é apenas o futuro acontecendo.
3 – Derrick Rose (Estados Unidos)
Mais um atleta da NBA na lista e este um talento muito especial, arma principal da reconstrução de uma das mais famosas equipes do planeta, o Chicago Bulls. Primeira escolha do draft, de 2008, Rose brilhou pela universidade de Memphis antes de conduzir o time de Illinois a duas boas temporadas – a última, uma interessante série de playoff contra os Cavaliers de LeBron que eliminou o jovem time do escolta. Com incrível velocidade, infiltrações agressivas e um jogo extremamente plástico, é possível que Rose enfrente terríveis dificuldades na Turquia. Praticamente sem pivôs, os EUA devem investir pesado em um jogo exterior que basicamente violentam o fantástico basquete deste talentoso jogador. Deve ser utilizado vindo do banco, para quebrar o ritmo das defesas adversárias, fato que com muita velocidade, provavelmente conseguirá. Também nascido em 1988, aproveitará a experiência e deve seguir sendo convocado. Trata-se, sem dúvida, de um dos mais promissores jogadores a entrar em quadra na Turquia e terá nesta competição um aprendizado sob o comando de Coach K que em anos de NBA não teria a oportunidade.
4 – Nicolas Batum (França)
Quantos jogadores chegam à NBA aos 20 anos, comparados ao lendário Scottie Pippen? Noves fora essa mania que há nos EUA da comparação, o jogo deste espichado francês é de encher os olhos dos fãs do basquete coletivo. Solidário no ataque e dedicado na marcação, o ala do Portland Trailblazers tem penado para encontrar seu espaço na rotação deste concorrido time do estado de Oregon. Batum, com apenas 22 anos, será a principal referência desta equipe francesa que vai super desfalcada ao Mundial, sem sequer a outra jovem promessa do país, Rodrigue Beaubois. Ao lado de Nando de Colo, outro jovem menos talentoso, colocará a sua grande inteligência de jogo, sua força defensiva e sua dedicação à serviço desta esquisita equipe, que tenta sobreviver a mais uma ausência de Tony Parker. Há de se ter cuidado. Batum não é exatamente um protagonista que colocará a bola embaixo dos braços e salvará a Gália das invasões estrangeiras. Mas certamente estará lutando para que a equipe resista e escape de um vexame.
5 – Patrick Mills (Austrália)
A polêmica escolha do pequenino armador australiano se dá em função do protagonismo que ele deve desempenhar no time australiano. Rápido, ousado, corajoso e talentoso, Mills tomou o lugar de nomes como Stephen Curry, Nick Calathes, Victor Claver ou Nemanja Bjelica em nossa lista. Com forte garrafão e um bom complemento nas outras posições, a Austrália pode ver em Mills uma arma excelente para quebrar o ritmo da partida com suas poderosas infiltrações. O pequenino uma trajetória que tem se tornado comum entre os australianos: buscar o basquete universitário a partir da St. Marys. Depois de boa carreira, foi parar no Portland Trailblazers, onde luta por espaço no já mencionado recheado elenco. No Mundial, pode ser um dos destaques. É esperar se essa aposta aqui foi arriscada demais.