Torcida empurra Fla para a final
O Boca Juniors provou um pouco do seu próprio veneno na série semi-final do Campeonato Sul-Americano de Clubes.
Longe de La Bombonera, os argentinos enfrentaram um verdadeiro caldeirão rubro-negro no Tijuca Tênis Clube. Melhor para o Flamengo, que virou a série para 2 x 1, classificando-se para a grande final pela primeira vez na sua história.
Dessa vez, consegui chegar ainda mais atrasado do que na primeira partida e, para piorar, com o ginásio lotado, a polícia militar trancou os portões: resultado, perdi o primeiro tempo da partida.
Após algumas poucas pessoas saírem do ginásio, consegui entrar, encontrando uma casa ainda mais lotada do que na terça-feira.
Aliás, após a critícada ausência na terça-feira, destaco que a polícia militar finalmente compareceu maciçamente ao Tijuca Tênis Clube.
Em quadra, o que se viu foi uma partida muito mais difícil do que na véspera. O Flamengo conseguiu abrir uma boa vantagem no terceiro-quarto, mas permitiu a reação do Boca Juniors.
Grande parte da melhora dos argentinos se deveu a uma atuação mais digna de Léo Gutierrez, ainda bem longe do que se espera de um campeão olímpico.
Gabriel Fernández novamente foi o maior destaque do Boca, dando muito trabalho à defesa rubro-negra.
Já o Flamengo contou com um Marcelinho Machado em noite muito mais inspirada do que na última partida. Jogando como se espera dele, Machado, ao menos no segundo tempo, preferiu passar a bola a arremessar.
E quem mais se aproveitou foi o pivô Alírio, figura atuante na partida desta noite.
Para completar , Marcelinho ainda marcou a cesta que definiu a partida, dessa vez, em seu mais puro estilo, forçando o arremesso. Bom que entrou!
No fim, a arbitragem quase acabou roubando a cena. Com diversos erros, os juízes sentiram a pressão da torcida, inverteram várias faltas e deixaram os argentinos abusarem das reclamações impunemente.
O resultado é que os jogadores começaram a se esmurrar dentro da quadra. Qualquer disputa por rebote virava motivo para longos e violentos abraços, invariavelmente separados na base dos empurrões.
Agora, o Flamengo enfrentará o Regatas de Corrientes, também da Argentina, em busca de uma conquista inédita, a “Copa Libertadores” do basquete.