Último treino em terras brasileiras
A seleção brasileira de basquete viaja amanhã rumo a Grécia. Na noite de ontem, pude acompanhar o último treino da seleção.
Antes mesmo de me deslocar para a Arena Olímpica (Jacarepaguá), o assistente técnico da seleção, Neto, alertou-nos de que o treino à noite seria mais leve do que o da manhã.
Quando cheguei, fiquei logo impressionado com a qualidade das duas quadras de apoio da Arena Olímpica. Não é exagero pensar que essas duas quadras estão entre as 10 melhores do país.
Também me chamou atenção a forma física dos 12 jogadores brasileiros. Muito diferente do que aconteceu na preparação do último campeonato mundial, quando vários jogadores aparentavam uma forma física muito aquém do esperado (Guilherme Giovannoni, Anderson Varejão, Caio Torres e etc), nessa seleção, a boa forma física chama atenção.
Jogadores como Tiago Splitter, Marcus Toledo, Marcelo Huertas, Jonathan Tavernari e Alex comandam uma seleção extremamente atlética. Também se destaca positivamente Rafael “Baby” Araújo, que está mais magro do que nunca.
Não houve coletivo. Os jogadores fizeram uma animada recreação (um jogo parecido com pique bandeira), depois treinaram arremessos de diversos lugares da quadra. Da linha de 3 pontos, os maiores destaques foram Marcelinho Machado e Jonathan Tavernari.
Ao lado da quadra, tive a oportunidade de ter um longo bate papo com o amigo Rodrigo Alves, do site Rebote.
Rodrigo entrevistou o sempre reservado Tiago Splitter. Depois, foi a minha vez de fazer uma pequena e surpreendente entrevista com Jonathan Tavernari. Como o próprio Rodrigo Alves já havia me alertado, uma das personalidades mais intrigantes da seleção brasileira nos últimos tempos.
Se a sua carreira vingar, como ele espera com singular confiança, suas entrevistas serão disputadas a tapas pela a imprensa.
Depois, batemos papo com o Moncho Monsalve. O treinador espanhol demonstrou estar frustrado com o fato de a seleção brasileira perder alguns dias de treinamentos por conta de uma mudança na programação da viagem da seleção para a Europa.
Moncho Monsalve ainda não está satisfeito com o time e espera poder fazer trabalhos específicos para a defesa e o ataque da seleção brasileira.
Além disso, pareceu irritado com a FIBA, por conta do processo de naturalização em tempo recorde de Chris Kaman. Reconheceu que a Alemanha tornou-se um adversário mais difícil, mas não demonstrou perda de confiança na seleção que comanda.
No fim, nos despedimos da seleção com um “boa sorte”.