Universo Brasília vence Minas na abertura do Final Four da Liga das Américas
O Minas Tênis Clube não passa por uma boa fase. Quando os três principais jogadores da equipe pontuam, juntos, 13 pontos, a coisa fica praticamente impossível (Sucatzky 2pts – 0/7, Probst 2pts 0-4 e Murilo 9 pts 3-9). Por mais que Shipp, Guilherme e Soró tenham tentado chamar a partida – cada um a sua maneira: o primeiro, cortando pra dentro, o segundo, brigando lá embaixo e o terceiro matando de fora, o Universo venceu, apertado, o primeiro jogo do Final Four da Liga das Américas.
Não que o time de Lula Ferreira tenha sido brilhante. Longe disso: previsível, o conhecido sistema do passa-e-corre depende demais das ações individuais de seus principais jogadores. Quando Alex ou Valtinho ou Arthur não acertam as bolas de fora, o time padece demais. Os principais buracos ao longo do jogo de hoje foram justamente quando estes ou não estavam em quadra, ou não encaixavam o jogo. O trunfo, porém, esteve na excelente atuação ofensiva de Valtinho, que com 22 pontos foi o cestinha da partida.
Jogo
Já no início do primeiro período, a marcação de Alex impossibilitou qualquer escape no ala estadunidense Shipp. Ainda atrapalhado no ataque, o Universo Brasília dependeu das ações individuais de Valtinho, que inspirado, conduziu a equipe a abrir larga vantagem. Ao fim do quarto, o placar marcava 20-12.
No segundo quarto, um banco brasiliense deficiente e três bolas de fora de Luiz Lemes (praticamente do mesmo lugar) devolveram o time mineiro à disputa. Os buracos na marcação de perímetro, tão tradicionais nas bandas de cá, foram notórios e houve um momento em que Diego segurou a bola por cerca de cinco segudos, livre na linha dos três, enquanto os adversários o observavam a se preparar para converter o chute.
Na metade da partida, Alex mostrava um aproveitamento assustadoramente ruim: 0/7 (0/5 pra 3pts) e o Minas, ainda que aos trancos e barrancos, equilibrava, dois pontos atrás: 35 a 33.
O Minas só foi assumir o controle do placar no terceiro período, quando a defesa na área pintada de ambas as equipes pecaram demais. Destaque pro pivô Guilherme, que com tocos e cestas fáceis foi protagonista na virada da equipe mineira, que levava para o último período a vantagem de um ponto: 62-61.
No quarto decisivo, Valtinho e Diego retomaram as rédeas da partida, enquanto Shipp tentava liderar o quinteto mineiro. Alex se recuperou a tempo e com uma bola de 3 (a única que caiu das oito tentativas) selou a vitória do Universo, 90 a 80.
Foto: Marco Bajo/Universo Brasília
– No jogo de fundo, o Halcones Xalapas venceu os uruguaios do Biguá por 100 a 91.