Vida Breve
Muitas coisas dão forma a vida de um atleta de basquete. Ser tal esportista implica uma maneira de viver. Geralmente, um atleta nasce ainda na fase infantil de sua vida, numa escolinha de esporte, continua a adolescência inteira, quando na fase adulta ele se torna e tem a consciência de ser um atleta.
Talvez devido a dedicação ao esporte, tendo em vista uma média da sociedade para a iniciação ao trabalho, seja imperativo ele amadurecer com um pouco mais de rapidez. Ainda mais quando desde o início da adolescência ele tenha um compromisso inadiável, que é o treino. Nessa hora ele tem que estar lá, pronto, tênis amarrado.
E aí estar aberta às escolhas que o destino lhe reservou. As mudanças, novas cidades, outros parceiros, diferentes realidades…
Sim, é um grande desafio. Dentro e fora das quadras. É emocionante, uma vida, às vezes, para alguns, a flor da pele.
Tão a flor da pele e com um fim muito breve, esse ser atleta se vê jovem ainda, no fim de sua carreira. E tantas coisa lhe parecem ter acontecido, tantas vivências. Pode até parecer para aqueles que estão com seus 19, 20 , 21, 22 anos, que sua carreira será eterna. Mas o tempo é implacável. E a vida passa para o atleta. A vida dentro da vida.
No final dessa odisséia, o esportista se tornará um baú de memórias de um tempo que, se aberto, jorram vivências nostálgicas e emocionantes. Tem uns que se perdem dentro de si revivendo e desembestam a falar. São capazes de falar horas sobre sua vida se o ouvinte lhe parecer disponível. E só falam disso. Esse era o caso do meu avô, um apaixonado!!!