Área destinada a discussões sobre todos os outros esportes.
Como eu disse lá atrás, São Paulo perde uma fortuna pra outros estados por causa do ICMS. A solução seria um IVA federal, acho que os tributaristas do DB podem me ajudar.Tales ? escreveu:Menta, vamos supor que SP (capital, como vc falou aí acima) perca 50% de seu PIB de um ano pra outro.Menta escreveu:Lake, deixa de ser escroto vei, o que o plan falou faz todo o sentido. Não houve um plano de reestruturação da cidade. Você que adora falar de SP pensa no seguinte: a partir de amanhã as indústrias, sedes de empresas e escritórios da Grande SP serão transferidas pro Sul. E ae? Como vocês sustentarão o resto do país agora? De uma hora pra outra o que transformava vocês na "locomotiva" do Brasil foi tirado e a cidade crescendo, fácil né?
Mesmo assim, o estado de SP continua entre as 4 ou 5 maiores estados do Brasil, em termos econômicos.
A produção aqui está espalhada, tem muitos focos pelo estado. Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, só pra citar 3 cidades fortes.
Se vc tivesse falado isso há 20, 25 anos, aí sim, beleza.
Lagoa, a coisa é bem simples: SP paga mais pq produz mais. Tem mais indústrias, uma gama maior de serviços ofertados tb, então tudo isso conta.
Não sou o rei do know-how da regulamentação de tributos pra falar se isso é justo, se é discrepante, etc. Mas acredito que não seja.
O que vc vê acontecendo, é os outros estados ABRINDO MÃO de certos impostos, pro setor industrial destas regiões conseguirem competir em condições de igualdade com a trindade SP/RJ/MG.
Um exemplo: a empresa onde trabalhei em 2005. Fechou as portas aqui (interior de SP) e abriu na divisa de Mato Grosso do Sul com SP. O motivo? O estado de lá oferecia isenção completa no ICMS. Uma economia de MILHÕES de reais pros empresários.
Texano escreveu:Se o PIB de SP caisse 50% ainda seria mair do que o PIB Argentino. Acho.
Ih, já bolei uma idéia pra acender a pira olímpica: tipo, o Cap. Nascimento dá um tiro do alto do morro da Rocinha e esse tiro vai ricocheteando em vários pontos estratégicos da cidade (tipo uma bala perdida) até chegar no cristo que segura a bala com uma das mãos e com a outra faz um sinal negativo. Aí estala os dedos e dá uma piscadinha, então um dispositivo dentro do Maraca finalmente acenderá a pira.
Exatamente. Hoje tudo é espalhado. Aqui em Minas também é espalhado em Ipatinga, Juiz de Fora, Uberlândia.. Mas na época o pensamento era outro, tudo era mais centralizado, por isso um impacto tão forte.Tales ? escreveu:A produção aqui está espalhada, tem muitos focos pelo estado. Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, só pra citar 3 cidades fortes.
Se vc tivesse falado isso há 20, 25 anos, aí sim, beleza.
Alguém já parou para pensar que a maior parte das empresas que vão lucrar com os Jogos Olímpicos são de São Paulo?Tales ? escreveu:Lógico que vc tem a ver com isso. Vc mora no mesmo país do estado de SP, ora bolas.West Forum escreveu:Se SP paga mais não temos nada com isso... todos os estados pagam e isso que importa!
SP paga o proporcional pela produção dos seus setores econômicos.
Quem produz mais, paga mais, é simples assim.
Incentivos e subsídios fiscais (como o ICMS de MS que falei no post anterior) tem uma parcela tb, na história toda. Assim, os estados mais "desfavorecidos" conseguem criar condições de se desenvolver economicamente.
O problema, porém, é que SP vai arcar com uma fatia maior no bolo que vão criar pros ratos repartirem entre si. Entendeu? Isso não traz benefício pro estado de SP. Aliás, pra estado nenhum. Nem pro próprio RJ.
É a mesma coisa que vc tentar empurrar no muque um carro engatado.
O negócio é ainda pior, Tales, porque seu amigo não calculou o quanto que é trabalhado além disso pra que se pague aquilo que deveria ser recebido do Estado pelo nacional mas que no Brasil ou não existe ou não pode ser considerado como opção aceitável (como educação, saúde, previdência...). Não precisa nem ir longe, o Pan deveria ter custado 400 mi de reais aos cofres públicos, custou 4 bi, o trânsito do Rio pelo que eu sei continua ruim, a Lagoa Rodrigo de Freitas não tá melhor, fazer uma prova na Baía de Guanabara seria pedir pela morte dos atletas... E por aí vai.Tales ? escreveu:Apenas mais um exemplo pra ilustrar isso dos subsídios fiscais.sonicman escreveu:Como eu disse lá atrás, São Paulo perde uma fortuna pra outros estados por causa do ICMS. A solução seria um IVA federal, acho que os tributaristas do DB podem me ajudar.
Mas isso não tem nada a ver com esse tópico LOL.
O mesmo exemplo da empresa que eu dei nos posts anteriores.
Era uma empresa do setor têxtil, muito forte aqui na região. Ou, costumava ser.
O empresário, dono da empresa (multi-milionário, nem preciso falar né) fechou a fábrica aqui.
Qto ele gastou pra construir a mesma fábrica lá em Mato Grosso do Sul? 80 milhões de reais. Ele gastou isso, que fique claro.
Agora, pensem aqui comigo: imagina se o cara não colocou os números numa planilha de Excel da vida, pra tirar a prova dos três.
Imaginem o que ele iria economizar em ICMS, pra esse gasto de 80 milhões ser benéfico.
Imaginem 80 milhões de reais "ficando" no estado de SP. Lógico, uma parte dele indo pro próprio governo. Uma outra parte, pra sustentar a indústria da corrupção, tb. E outra parte, reinvestida em blá blá blá.
Entendam, não estou dizendo que X é "bom" e Y é "ruim", que Z é "vítima" ou W é "culpado".
O meu ponto é, esse dinheiro, na questão das olimpíadas, vai direto do nosso bolso (nossa renda) pro governo.
No exemplo acima, ele ainda circularia, através de produção e consumo de bens pela iniciativa privada. O fluxo da coisa seria mais complexo, digamos.
Agora não. Vai direto pro governo. As possibilidades de fiscalização, por mais evoluídas que estejam, ainda são coisa de... país de 3o mundo.
E é aí que mora o perigo.
Eu tenho certeza absoluta que essa Olimpíada vai custar 3 vezes mais que o divulgado.
Comparem com o custo que o Aécio Neves divulgou praquela nova obra que fez no governo dele. A sede do governo e tal. O negócio quadruplicou de valor, desde que foi divulgado o custo inicial.
Imaginem um projeto tão hiper-grandioso como uma Olimpíadas, o tanto de jeito que vão arrumar pra desviar dinheiro, o tanto de laranjas, empresas fantasmas, etc que vão criar. Meu Deus do céu, dá até arrepio.
Hoje de noite eu liguei pra um amigo meu, dos tempos da faculdade, que atualmente trabalha na área corporativa do Bank Boston.
Vou resumir o comentário do cara:
- Hoje, qualquer cidadão do país trabalha, em média, 3 meses e 21 dias do ano pra pagar impostos. Trabalha PRO GOVERNO, enfim.
- Suponha que o custo da Olímpiadas seja o divulgado (25 bi), multiplicado por 3 (75 bi, então). Pq triplica? O custo Brasil (corrupção, mau planejamento orçamentário, inflação ao longo do tempo, etc) faz ele triplicar.
- A partir do dia 1 de Janeiro, todo mundo vai trabalhar 4 meses e 10 dias pra pagar impostos. Isso, até 2016 (ano das Olimpíadas).
Ou seja, pra bancar o projeto olimpíco, todo mundo tem 2 empregos agora. Que já tinha 2, agora vai ter 3. E por aí vai.
Durante 130 dias do ano, vc será funcionário do governo. O problema é que não vai receber salário. E além disso vai ter que tocar sua vida normal, pagar suas contas, sustentar sua família, etc e tal.
Lembram da idade medieval, aquele conceito de suserania e vassalagem? Como diria o Mellini, "vem forte".
http://espnbrasil.terra.com.br/paulocal ... IS+NA+FITAO processo de escolha da sede foi transformado numa disputa regional, a favor ou contra o Rio de Janeiro. Não é por aí, não é correto conduzir o debate por esse caminho.
Muita gente entrou nessa discussão, embarcando num argumento útil aos interesses de quem não pretende tratar com transparência a candidatura brasileira.
O Pan do Rio foi a materialização da má gestão dos recursos do contribuinte. Agora, com muito mais dinheiro circulando, o perigo é ainda maior. Ou alguém duvida?
Esse é o primeiro problema. Mas pouca gente dá valor a isso.
Com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos bem próximos, há dinheiro suficiente para transformar definitivamente a cidade do Rio de Janeiro. Talvez num segundo bota-abaixo de Pereira Passos, prefeito de 1902 a 1906, responsável por uma grande reforma urbana.
O segundo problema é a realização de um evento desse porte num país que não dá a mínima para seus atletas, que não é capaz de oferecer o básico: saúde, educação e aulas de educação física decentes, onde começamos a construir uma nação olímpica.
Não temos uma política nacional de esportes e não precisamos de grandes eventos para motivar nossas crianças. Motivação elas têm de sobra, a questão é onde praticar esporte. Onde?
O tal legado esportivo é um sonho, mas nossa experiência não aponta nessa direção, infelizmente.
Não é novidade para ninguém que o movimento olímpico e os olímpicos brasileiros são movimentados pela perspectiva de realizar obras.
Madrid deu um tiro no pé quando anunciou ter 77% das instalações já contruídas.
Conquistamos o grande evento, mas o esporte está em segundo plano.
Obama tinha razão quando disse que Lula era o cara. Sabia das coisas.
Luiz Inácio é o grande vitorioso, um verdadeiro campeão olímpico.
Só falta eleger a Dilma.
http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes ... /02/rio-2/BERLIM (so what?) – Estava tomando uma cerveja quando chegou, no fim da tarde aqui, a mensagem no celular: “Fodeu, deu Rio”. Não tive nenhuma emoção especial. Nem para o lado da felicidade patriótica, nem para o da depressão profunda pelo tanto que se vai gastar nos Jogos de 2016, pelas roubalheiras previsíveis, pelos escândalos sem fim.
Digamos apenas o seguinte: se é para ser, que seja. O Brasil entrou no mapa, é uma verdade que o presidente Lula disse hoje na Dinamarca. E os méritos são todos dele, um líder respeitado no mundo todo. Não tenho dúvida de que foi ele quem ganhou a eleição. E bateu gente forte. O carao é o fodão do Bairro Peixoto, gostem ou não seus críticos.
Mas o Pan foi uma esbórnia, e espero que a Olimpíada não seja. Não confio nesses caras do COI e na turma do Ministério do Esporte. Acho que são todos picaretas.
Se, no entanto, os Jogos servirem para zerar o Rio, como aconteceu com Barcelona, ficarei muito feliz. A capital catalã era um lixo antes de 1992. Hoje é um brinco. Souberam fazer as coisas com inteligência, lisura e visão de futuro.
De qualquer forma, vi as fotos do Rio feliz na internet, e o Rio feliz é ainda mais lindo. Sem favelas, com a baía de Guanabara limpa, a Lagoa idem, a violência controlada, é uma cidade imbatível. Que o Rio aproveite a chance única que terá em sua história de se salvar.
Com a confirmação, o autódromo de Jacarepaguá vai para o vinagre, porque vão construir um centro olímpico no local. Não devemos lamentar nada. A pista já foi para o vinagre com o Pan. O que existe lá são ruínas. O Rio nunca mais terá um autódromo. E nem faz sentido o Estado construir um. O automobilismo no Brasil é uma instituição falida, não tem nada que preste. Gastar dinheiro com autódromo para quê?
É preciso reconhecer que Interlagos só existe porque tem a F-1, e o resto não vale muito a pena mencionar. O automobilismo brasileiro não soube aproveitar seus melhores anos para crescer. Agora, que morra. Ou que alguém se mexa para fazer com que renasça. Para isso é preciso dar duro, falar com montadoras, criar categorias, fazer parcerias com universidades. Dá trabalho. E trabalho dá coceira em quem está à frente das corridas no Brasil.
