Acabei de ler na Folha que soh 3 dos 13 reforcos (nao conta Allan Patrick ainda) vieram com custo de transferencia: Dudu, Leandro e Robinho. Isso responde minha pergunta, acho.
Palmeiras chega à 13ª contratação sem excesso de gastos
Clube fez substituição de dívidas e procurou, na maioria, jogadores que chegaram ao clube sem custo
DIEGO IWATA LIMA
DE SÃO PAULO
Com o anúncio da chegada do atacante Kelvin, 21, que estava no Porto, de Portugal, o Palmeiras atingiu nesta terça-feira (13) a marca de 13 contratações confirmadas para esta temporada.
Kelvin assinará empréstimo por uma temporada.
O torcedor deve estar contente, mas uma dúvida paira: de onde o clube está tirando tanto dinheiro para fazer essas contratações?
Para começar, dos 13 jogadores contratados, dez chegam ao Palmeiras sem custo de transferência, ou seja, estavam em fim de contrato ou foram cedidos por seus clubes apenas com o ônus do pagamento do salário.
Estão nessa situação os laterais João Paulo e Lucas, os zagueiros Vitor Hugo e Victor Ramos, os volantes Gabriel, Amaral e Andrei Girotto e o meia Zé Roberto, além do atacante Rafael Marques e do próprio Kelvin.
Desses, o único com vencimentos acima da média da elite do futebol brasileiro é Zé Roberto, que receberá cerca de R$ 600 mil --entre luvas e salários.
Com a saída de 14 jogadores já confirmada, entre eles Bruno César, Lúcio e Wesley, que recebiam altos salários, houve, de modo geral, uma substituição de custos, que não onera o clube além da antiga folha salarial.
Por outro lado, as outras três contratações já acertadas geraram custos. Metade dos direitos econômicos do atacante Dudu, contratação de maior vulto do clube alviverde, já custou R$ 9,4 milhões --o Palmeiras poderá pagar valor semelhante no fim do ano para ter 100% dos direitos federativos.
Leandro Pereira custou R$ 5 milhões, também por 50% dos direitos. E Robinho teve metade dos seus direitos negociados por R$ 2,5 milhões mais o atacante Mazinho, que não estava nos planos do técnico Oswaldo de Oliveira.
Para poder contratar esses três atletas, o Palmeiras tirou proveito do fato de ter apenas 5% de sua receita comprometida com dívidas neste ano, de acordo com o presidente Paulo Nobre.
Em 2014, segundo informações do clube, Nobre encontrou 70% dos recursos que deveriam ser usados ao longo do ano já empenhados.
A Folha apurou que no cálculo de receitas comprometidas para 2015 constam apenas cotas de participação no Campeonato Paulista, adiantadas ainda na gestão de Arnaldo Tirone (2011-2012), e a amortização de dívida superior a R$ 160 milhões que o clube tem com o presidente.
Nos dois primeiros anos de sua gestão, Nobre viabilizou recursos via empréstimos para sanar dívidas e compensar a falta de patrocínio.
A partir de março deste ano, o Palmeiras vai repassar a Nobre 10% de tudo que arrecadar para quitar o débito.
As receitas neste ano também devem ser maiores, já que o clube terá as rendas com jogos no seu estádio, um número maior de sócios-torcedores e, provavelmente, um patrocínio de camisa. Nobre disse à Folha que um acordo está próximo.
O meia Alan Patrick, ex-Santos, que estava no Internacional, pode ser anunciado nesta quarta (14) como jogador do Palmeiras