Re: Palmeiras - TO livre da zica do Jujuba

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http://www.estadao.com.br/noticias/espo ... 1212,0.htmPatrick Vieira dribla o destino e ganha o direito de sonhar alto
Jovem meia do Palmeiras supera as dificuldades e os traumas da infância para ser jogador
26 de outubro de 2012 | 8h 43
Daniel Batista - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - "Meus amigos sempre me falavam que estavam saindo para roubar. Eu preferia ficar em casa, pois não queria ser mais um desgosto para a minha mãe." A confissão do meia Patrick Vieira mostra que por trás da personalidade demonstrada em campo há um garoto tímido e sofrido pelos percalços de uma infância triste, que exigiu dele uma vontade de vencer na vida bem maior do que o desafio de livrar o Palmeiras da queda para a Série B.
Criado pela mãe (Simone), padrasto (Carlos) e pelos avós (Irineu e Gelcileia) na Vila Kennedy, pertencente ao bairro de Bangu, no Rio, Patrick Vieira tinha tudo para seguir o caminho do pai, primo e amigos, assassinados por causa do tráfico de drogas.
"Perdi meu pai com um mês de idade, por acerto de conta dos traficantes, e meu primo foi assassinado este ano, por causa disso também", contou o jogador de 20 anos, em entrevista de 45 minutos dada ao ao lado do alojamento do clube, onde mora com outros dez garotos. "Meu sonho é conseguir dar uma vida melhor para a minha mãe e ter dinheiro para alugar um apartamento e ir morar com meu irmão."
Para chegar ao Palmeiras, Patrick sofreu. Após a morte do pai, a mãe casou-se novamente, mas quando ele tinha 12 anos perdeu o padrasto, atropelado ao tentar atravessar a rua, alcoolizado. "Imagine uma mulher ter de cuidar sozinha de quatro filhos. Eu era moleque e tenho outros três irmãos, Petterson, com 14 na época, Gelcileia, 9, e Karla, 7.Fui vender cobre, alumínio, e tentar fazer um dinheiro para ajudar em casa."
No meio de tudo isso, as más companhias tentavam influenciá-lo. "Sempre via meus amigos falando que estavam indo à pista para roubar, mas meus avós e minha mãe sempre me davam conselho e me levavam para a igreja. Eu tinha medo, porque não queria ser mais um desgosto para a minha mãe. Ficava pensando como ela ficaria se soubesse que eu estava preso", admite o garoto, visivelmente emocionado ao falar.
Em 2005, com 13 anos, um roupeiro viu Patrick jogar em um campo de rua e o levou para fazer testes no Botafogo, mas as dificuldades continuaram. "Várias vezes eu ia treinar com fome e não tinha dinheiro para pegar a lotação que me levava para o treino."
No time carioca, teve poucas oportunidades e recebia R$ 500 de seus empresários para não desistir do sonho. Cansado, decidiu deixar o clube carioca em 2008 e foi para o Palmeiras, graças a Jorginho, técnico que atualmente está no Bahia. Os empresários de Patrick mostraram seu DVD para o treinador, que era coordenador das categorias de base do Palmeiras na época, e Jorginho gostou do que viu.
Cheguei com um contrato de seis meses, recebendo R$ 800 de salário", lembra. Já no Palmeiras, o problema passou a ser a saudade da família, afinal, poucas vezes havia saído do Rio, e sempre por poucos dias. "Eu era o xodó da vovó e no dia que eu saí de casa foi a maior tristeza. Parecia que havia morrido alguém."
Na primeira semana de Palmeiras, Patrick só chorava e ligava a cobrar para a família. Triste, decidiu que ficaria os seis meses no clube e voltaria para o Rio. Mas o tempo foi passando e a vontade de vencer na vida e dar orgulho para a família foi maior. "Tive ajuda de muita gente boa no Palmeiras. A tia Elaine (funcionária do clube) e alguns colegas de time entendiam minha situação e me davam muito apoio."
Em fevereiro de 2011, após a disputa da Copa São Paulo, foi chamado pelo então técnico Luiz Felipe Scolari para integrar o time principal. Mas no fim do ano, durante uma partida do time sub-20, sofreu uma lesão no ombro esquerdo e ficou quatro meses parado. Quando voltou, foi para o time B. "Pensei: 'já era!'. Minha cabeça virou um trevo, porque eu saí do time principal porque me machuquei e não por deficiência técnica."
Meses depois, conseguiu voltar para o time principal, mas cansou de ser relacionado para os jogos e cortado no hotel. "Vários jogadores, entre eles João Vitor, Betinho e Patrik, até ficavam tirando sarro da minha cara, falando que eu merecia um título por ser o mais cortado do time."
O meia tem a convicção que Felipão não queria dar oportunidade para os garotos da base. Segundo ele, vários jogadores iam falar com ele para saber por que não tinham uma chance, e o técnico não sabia o que responder.
"Claramente ele não gostava de colocar os garotos. Lembro que teve um tempo que só tinha eu de meia para alguns jogos, aí pensei que seria a minha chance, mas do nada chegou o Pedro Carmona e eu vi que com ele seria difícil jogar", lembra Patrick, que fez apenas uma partida com Felipão, num jogo em que os titulares foram poupados.
A sorte de Patrick é que este jogo foi justamente contra a Ponte Preta, ex-time de Gilson Kleina. Na partida, o meia foi um dos destaques e encantou o treinador. "Assim que ele chegou, disse que iria contar comigo. Fiquei feliz em ser reconhecido."
Desde então, tudo mudou para o garoto flamenguista, fã de Ronaldinho Gaúcho. "Ele tem uma história de vida sofrida e é muito ligado ao irmão (Assis), como eu", diz Patrick sobre o craque do Atlético-MG.
No próximo dia 18, Patrick Vieira vai jogar contra Vagner Love, que foi criado na mesma região que ele. "Pretendo trocar de camisa com ele no final do jogo contra o Flamengo. Minha família estará no estádio e já prometi a camisa para minha mãe."
Outro ídolo é Marcos Assunção, que o 'apadrinha' no Palmeiras. "Falei para ele que o tenho como um ídolo. Ele ficou emocionado."
Animado com a nova fase na carreira, Patrick faz planos. Espera um reajuste no salário - recebe cerca de R$ 10 mil -, mas principalmente salvar do rebaixamento o clube que deu novo rumo à sua vida.
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Mudaram a regra
27 de outubro de 2012 por @parmerista
Desde que futebol é futebol, o juiz pode anular um gol se enxergar uma irregularidade. Desde que existem auxiliares, os chamados bandeirinhas, eles podem se manifestar e alertar o árbitro para algo fora das regras, e o árbitro pode acatar essa interferência. Desde que inventaram o “quarto árbitro”, ele pode fazer o mesmo papel que o bandeirinha. Todos podem e devem agir para que o jogo transcorra dentro das regras.
A FIFA vem sendo cobrada há muito tempo para que aceite a interferência do recurso eletrônico nos lances polêmicos. Refratária, a entidade máxima do futebol refuta a ideia, alegando entre outras coisas que a falibilidade dos árbitros faz parte do contexto do futebol.
O que se viu esta tarde no Beira-Rio foi um acinte. Barcos meteu pra dentro com a mão, isso é cristalino. O árbitro Francisco Carlos Nascimento, que deve ter alguma deficiência visual, deu o gol. O bandeirinha correu para o meio. O quarto árbitro não disse nada. Então, segundo o contexto do futebol que aceita a falibilidade do árbitro, é gol do Palmeiras! É?
Claro que não. Auxiliado pelas câmeras de TV, o “delegado da partida”, um certo Gerson Baluta, alertou o quarto árbitro, que por sua vez comunicou ao vesgo do juiz, que anulou o gol. E o que deveria ser uma anulação imediata, com direito a cartão para o Pirata, virou uma violação gravíssima às leis do jogo e mais um assalto ao Palmeiras – que praticamente teve a queda para a segunda divisão decretada com a derrota – só um milagre nos salvará do rebaixamento a esta altura.
Não se trata de defender o errado. A anulação seria algo correto. Mas teria que ser feita da forma correta. Do jeito que foi, abre a brecha para o pedido de anulação da partida. Mas para isso, o Palmeiras deverá provar que houve a interferência externa.
As imagens da TV são claras. Todos validaram o gol, e depois da pressão dos jogadores do Inter, o juiz mudou de ideia. Gilson Kleina disse ter visto o delegado do jogo, que não tem autoridade para interferir nas decisões da arbitragem, soprar o que viu (ou o que alguém viu e lhe transmitiu) ao quarto árbitro; que por sua vez, em juízo, vai dizer que viu com seus próprios olhos que o gol foi de mão e que apenas demorou um pouco para avisar o árbitro principal. Vai ser a palavra de um contra o outro. Provavelmente o STJD não vai acolher o recurso de nossa diretoria jurídica, e seremos prejudicados mais uma vez. O Palmeiras consegue ser roubado até quando lhe tiram um gol que de fato foi de mão.
Não é a primeira vez que isso acontece. Em 2006, pelo Campeonato Paulista, Edmundo marcou um gol no Mogi Mirim, com a mão. Depois de validar o gol, o juiz anulou – o quarto árbitro foi avisado pelo repórter Carlos Cereto – embora ele negue isso até a morte.
O Palmeiras foi o único time na história do futebol que perdeu pontos por causa de um jogador dopado (Mario Sergio, em 1984). Depois foi o único a ter um gol invalidado por causa de replay, como no futebol americano. E agora abriu vantagem sobre o mundo inteiro, com duas ocorrências – desta vez com direito a rebaixamento. É fácil ser palmeirense.
E antes que alguém venha dizer, não será apenas esse lance o determinante de nossa mais que provável queda. Entre outras coisas, está a incompetência crônica de nossa diretoria, sobretudo o departamento de futebol, e tantos e tantos outros equívocos que vimos apontando dia após dia aqui no Verdazzo. Mas também entram na conta os vários pontos garfados, sobretudo nas rodadas iniciais do campeonato, pela arbitragem. A conta está chegando agora.
senhorxxx escreveu:Ainda dá.
Vai que a lusa perca todas.
custodio escreveu:já falei, o difícil nao é os outros perderem, e sim o parmera ganhar.