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Ressurreição após cinco anos depende dos atletas: ‘só se os meninos voltarem’, diz Chaim Zaher ao A Cidade


O esporte mais bem-sucedido em Ribeirão Preto nos últimos anos está prestes a retomar a trajetória. Paralisado em 2006 após divergências com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), o COC/Ribeirão estuda voltar às atividades a partir de janeiro do próximo ano para se tornar mais um integrante do LNB (Liga Nacional de Basquete), criada em 2009 em substituição ao Campeonato Brasileiro.

Presidente do Sistema COC de Ensino, Chaim Zaher confirmou nesta quinta-feira (15) ao A Cidade que tem feito reuniões para definir a volta do time. Foi a primeira vez em cinco anos sem basquete que o dirigente sinalizou positivamente sobre a possibilidade da volta do COC/Ribeirão, pentacampeão paulista, campeão brasileiro e vice-campeão sul-americano.

"Há um pensamento sobre a volta, sim. Mas agora está um pouco tarde, isso seria para a próxima temporada. A própria Liga já está nos apoiando e já temos o nosso lugar garantido", revelou Zaher, que evita confirmar desde já o retorno do time, mas demonstra a sua paixão pelo esporte. "Gosto de basquete, tenho vontade [de voltar com o time] e a possibilidade existe. Mas ainda não é uma coisa concreta."

O basquete ribeirão-pretano só voltará às atividades, porém, caso grande parte dos jogadores que formaram o maior time da história do COC aceite retornar. Ala-armador da Seleção Brasileira, Alex Garcia faria parte do novo projeto de Chaim Zaher.

"Já estou conversando com os meninos e, se não for para ter um time competitivo, não vou voltar. Se coincidir daquele time voltar, aí as chances são grandes. Estou conversando com o Alex, o Nezinho...", contou o presidente do COC.

Em 2005, quando conquistou o quinto título paulista seguido, Ribeirão formou um dos melhores elencos em nove anos, com os alas Arthur e Alex, o armador Nezinho e o pivô Márcio Cipriano, entre outros.

Sem basquete

Em julho deste ano, o COC/Ribeirão completou cinco anos de paralisação. O time deixou as quadras sem que fosse conhecido o campeão brasileiro de 2006. Ribeirão vencia a série sobre Franca por 1 a 0, mas o campeonato foi paralisado pela CBB.

Lula quer voltar

Técnico responsável por comandar as diversas vitórias e títulos do COC/Ribeirão, Lula Ferreira se demonstrou disposto a comandar o time novamente.

"A gente tem mantido contato, já mandei e-mail para o Chaim mostrando a estrutura da Liga. É um desejo de todos que o COC volte. E a possibilidade de eu voltar é inevitável. Foi um projeto inesquecível", afirmou Lula, atual gerente técnico da LNB.

De acordo com o ex-treinador do COC, Chaim Zaher está animado e as chances do time ribeirão-pretano voltar à ativa são grandes.

"O sentimento de todos os jogadores sempre foi de um dia poder estar de volta ao COC. Todos gostariam de jogar aí", finalizou.

Ala Renato ‘acerta’ volta ao SEB/Ribeirão



Jogador teve reunião com Chaim Zaher e se colocou à disposição para retornar em 2012

A volta do basquete em Ribeirão Preto na temporada 2012 também resultará no retorno de diversos jogadores revelados no COC/Ribeirão, entre 1997 e 2006. E o primeiro a dar o sinal verde para voltar à cidade foi o ala Renato, de 33 anos.

Com contrato para defender o Pinheiros no NBB (Novo Basquete Brasil) desta temporada, Renato se reuniu neste domingo (18) com o presidente do SEB (Sistema Educacional Brasileiro), Chaim Zaher, e já se colocou à disposição para retornar assim que o time for inscrito na primeira competição, em 2012.

"Conversei com ele [Chaim] e senti que está animado. Falei que pode contar comigo e estou superansioso para que chegue logo", afirmou Renato para A Cidade.

Logo após acertar verbalmente o retorno dele para a temporada 2012, Renato entrou em contato com outros dois jogadores formados no COC e que hoje defendem o Brasília. "Depois, liguei para o Nezinho [armador] e para o Alex [Garcia, ala-armador]. A gente está muito animado, supercontente", comentou.

Novo nome

O então COC/Ribeirão voltará à ativa, depois de cinco anos, com outro nome. O time será inscrito na LNB (Liga Nacional de Basquete) como SEB/Ribeirão.

A ideia da diretoria do time de basquete, que ainda está em formação, é fortalecer o nome do Grupo SEB. Este será o terceiro nome da equipe ribeirão-pretana de basquete. Entre 1997 e 1998, o time foi chamado de Polti/COC/Ribeirão.

J-Rich escreveu:Ótima notícia. Fico muito feliz.

Agora, o Renato está de sacanagem ao acertar a volta com um contrato com o Pinheiros.

erick#9 escreveu:

J-Rich escreveu:Ótima notícia. Fico muito feliz.

Agora, o Renato está de sacanagem ao acertar a volta com um contrato com o Pinheiros.

Também achei isso.. Agora vai jogar como até o fim da temporada?

Mellini escreveu:uhauae, se o renato tivesse 1/3 do talento do neymar.. rs

Mellini escreveu:e 6 paulistas seguidos, né henry

concordo que hoje o basquete mudou e o lula anda meio fora de moda, mas acho muito difícil se o time voltar ele não ser o treinador, até pq nos clubes ele sempre fez bons trabalhos

sobre os jogadores acho que são boas as chances de vários desses que jogaram no coc voltarem.

A geração COC

Há menos de uma semana, o basquete masculino brasileiro conseguiu assegurar seu retorno aos Jogos Olímpicos, competição que nossa Seleção não disputa desde 1996, em Atlanta.

E a conquista fez voltar à tona um nome que andava meio esquecido, COC.

É que 25% do grupo de jogadores que Rubén Magnano levou a Mar del Plata e garantiram a vaga olímpica foi formado no extinto projeto ribeirão pretano, uma das equipes mais vitoriosas da história do basquete brasileiro e que deixou sua marca.

Alex Garcia, Nezinho e Rafael Hettsheimeir começaram a vida de basqueteiro profissional no COC, assim como o ala Arthur e o pivô Paulão Prestes, que não foram ao Pré Olímpico, mas participaram da maior parte do período de preparação da Seleção Brasileira neste ano. Sem falar em Guilherme Giovannoni, que não foi formado lá, mas também passou pelas fileiras do Meteoro Azul, apelido pelo qual ficou conhecido o time de Ribeirão Preto.

A influência do projeto COC no atual basquete brasileiro é inquestionável, tanto que a base do Brasília, bicampeão do NBB, vem de lá. Como já dissemos, Alex, Nezinho e Arthur tiveram sua iniciação profissional em Ribeirão Preto e, além deles, Giovannoni e Cipriano também já defenderam a camisa azul e branca.

Outro time que também bebe bastante na fonte do COC é a Winner/Limeira que hoje possui 4 jogadores formados na base do time de Ribeirão Preto, Neto, Eric Tatu, André Bambu e Biro, sem falar no pivô Rafael Mineiro - aquele campeão do 2º NBB pelo Brasília - e que jogou na equipe limeirense na temporada passada. Tiagão, do Joinville, Chico, do São José, Ricardo de Bem, que disputou o último NBB pelo Vitória, e Soriani, que estava na Liga Sorocabana, também foram formados nas divisões inferiores do COC.

Outros nomes importantes passaram pela base do time ribeirão pretano ou iniciaram suas carreiras profissionais ali, exemplos de Renato Lamas e Rafael Mineiro, recentemente contratados pelo Pinheiros. Murilo Becker, do São José, é outro que já defendeu as cores do COC.

Um pouco de história

O COC surgiu em 1997, através de uma parceria com a Polti Vaporetto. E no mesmo ano de sua criação já conseguiu resultados expressivos, um honroso 5º lugar no Campeonato Nacional e o vice campeonato paulista, perdendo na final para o vizinho e arqui rival, Franca.

Em 1998, já sob o comando do Guerrinha, hoje técnico do Bauru, a Polti abandonou a parceria e nasceu, efetivamente, o COC/Ribeirão Preto. Neste ano a equipe ribeirão pretana alcançou a decisão do Campeonato Nacional. A série final contra o Franca foi alucinante, o COC chegou a abrir 2 X 0, mas acabou tomando a virada e amargando o vice campeonato, perdendo os dois últimos jogos em seu mando, mas não em casa, já que as partidas aconteceram em Araras, a 153 km de Ribeirão.

Em 2000, Lula Ferreira assumiu a equipe e implementou um novo sistema de trabalho, privilegiando não só a equipe adulta, mas principalmente o trabalho de formação de atletas. Começava aí uma nova era para o time de Ribeirão Preto. E os resultados não demoraram a aparecer.

Já em 2001 o time chegou a sua segunda final de Campeonato Nacional em 4 anos, mas foi derrotado pelo timaço do Vasco, 3 X 0 na série decisiva. Ainda em 2001, a equipe de Ribeirão Preto conquistou seu primeiro título paulista, batendo o Uniara na final. O time de Araraquara também seria o adversário na histórica decisão do Paulista de 2002 quando, mais uma vez, deu COC. O bicampeonato paulista teve um sabor pra lá de especial já que a conquista de 2002 aconteceu de forma invicta, incríveis 39 vitórias em 39 partidas.

2003 foi o ano do tricampeonato paulista e da consagração nacional. Na final do regional, o COC bateu o Corinthians/Mogi. E na decisão do Brasileiro a equipe de Ribeirão Preto bateu, por 3 X 1, aquele belíssimo time do Uberlândia que viria a ser campeão nacional no ano seguinte e sulamericano no posterior.

Em 2004 a dinastia regional foi confirmada pela conquista do tetra campeonato paulista, igualando o feito do Palmeiras - então Palestra Itália - entre os anos de 1931 e 1934. Neste Campeonato Paulista de 2004, o adversário do COC nas finais foi a Winner/Limeira.

No ano seguinte, o pentacampeonato regional foi alcançado ao bater o Paulistano na decisão. Foi a primeira vez na história do Campeonato Paulista que um time foi campeão de forma consecutiva em 5 anos seguidos. Entre 1947 e 1956, o Corinthians venceu 6 paulistas sucessivamente, mas não em 5 anos ininterruptos jé que, entre 1948 e 1950, e também em 1953, não houve disputa do regional mais tradicional do país.

Em 2006 o COC voltou às cabeças do Campeonato Nacional, chegando pela quarta vez em sua história à final da competição, mais uma vez contra o arqui rival Franca, a exemplo do que havia acontecido em 1998. Só que desta vez o Brasileiro não teve campeão, um dos momentos mais tristes da história do nosso basquete. Um imbróglio judicial interrompeu o campeonato durante sua série final e também acabou por sepultar o projeto COC, um dos mais vitoriosos da história do basquete brasileiro.

O retorno de Ribeirão Preto aos principais campeonatos de basquete do Brasil se tornou questão de tempo. Entusiasmado com a nova fase do esporte, o presidente do SEB (Sistema Educacional Brasileiro), Chaim Zaher, precisou de pouco mais de um mês para convencer os jogadores a retornar para a temporada de 2012.

Em entrevista para A Cidade, o empresário confirmou o acerto verbal com seis jogadores. "Já conversei com todos e eles toparam estar aqui com a gente se eu abrir [o time]", afirmou Chaim, citando jogador por jogador.

"Pelas conversas, o Nezinho, o Renato, o Alex, o Arthur, o Márcio e aquele menino que está na Espanha, o Rafael [Hettsheimeir], já acertaram. Então, com relação aos jogadores, ao Lula [Ferreira, técnico] e à minha disposição, está tudo fechado", confirmou o empresário.

Dos seis jogadores que já passaram pelo COC/Ribeirão, quatro defendem o Brasília, um joga pelo Pinheiros e outro pelo CAI Zaragoza, da Espanha. Chaim esteve reunido com Alex Garcia e Nezinho na última segunda-feira. Ambos serão os atletas "cabeças" da nova fase do basquete ribeirão-pretano.

"Conversei com o Alex e com o Nezinho. Eles estiveram comigo na segunda-feira e a posição deles de voltar é muito grande", disse. Segundo o dirigente, o basquete voltará em agosto de 2012, no Campeonato Paulista para, em seguida, estrear no NBB.

"Só preciso agora de um documento do NBB garantindo a participação. Vou ligar e dizer: o ano que vem estou vindo, estou entrando".

Pedrinho escreveu:Alguém dá um cascudo no Hettsheimer (eu que não me atrevo hahaha) e manda ele ficar na Espanha por pelo menos mais 7 anos! Ele tá começando a melhorar o seu jogo, tá sendo o centro das atenções por lá. Besteira completa ele voltar pra cá