Re: TO do Futebol Internacional
uai, continua sendo a mesma teoria, o espanhol nao deixou de ser facil.linelson escreveu:Barça 7x1 no Leverkusen, onde fica a teoria que no Espanhol é fácil?
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uai, continua sendo a mesma teoria, o espanhol nao deixou de ser facil.linelson escreveu:Barça 7x1 no Leverkusen, onde fica a teoria que no Espanhol é fácil?
Sobre o futebol espanhol e uma partida dos sonhos no Teatro
por Julio Gomes, blogueiro do ESPN.com.br
Quem me segue no Twitter, e ultimamente eu tenho sido muitíssimo mais assíduo lá do que cá, sabe bem que eu sempre tive muitas ressalvas às frases feitas que detonam o Campeonato Espanhol pelo domínio exacerbado de dois clubes.
Dois clubes que sempre dominaram o futebol do país, mas nunca de maneira tão clara e simultânea.
Minha posição é claríssima. Não são os outros que são ruins, mas Barcelona e Real Madrid, os dois clubes de futebol mais famosos do mundo, que são bons demais. O Barça é possivelmente o melhor time da história (para não polemizar aqui, deixemos entre um dos três). O Real Madrid tem o time mais milionário da sua (rica) história, o melhor treinador da década, o segundo melhor jogador do mundo, é tão bom, mas tão bom, que vai ganhar todo um campeonato do… melhor da história.
O domínio dos gigantes leva um monte de gente, até mesmo gente que acompanha futebol, a dizer que o Campeonato Espanhol é ridículo, é um campeonato de apenas dois times. Insinua-se que Real e Barça só ganham tantos jogos, só marcam tantos gols, porque os rivais são fracos. Todos fracos.
É óbvio que o futebol espanhol precisa olhar para dentro, fazer uma autocrítica e mudar regras. É lógico que não é saudável ter dois times tão superiores. Está claro que a divisão de dinheiro precisa ser mais bem feita para evitar o abismo. Ninguém aqui está falando que o modelo é perfeito. Mas é simplesmente um erro dos grandes, dos grandes mesmo, menosprezar os times e o futebol da Espanha.
Seria oportunista me apegar somente aos resultados. Real e Barcelona só não farão a final da Champions League se caírem do mesmo lado da chave no sorteio. Os especialistas do mundo todo consideram Real e Barcelona proporcionalmente tão favoritos na Champions como o são no Campeonato Espanhol. O domínio exacerbado deles não é apenas doméstico, é continental. Na outra Copa, a Europa League, Valencia, Atlético de Madri e Athletic Bilbao estão virtualmente garantidos nas quartas de final. Três espanhóis entre os oito.
E é este último, o Athletic, que me inspirou a escrever essas tortas linhas.
Há muito tempo eu não via uma atuação como a do Athletic nesta quinta-feira. O próprio Barcelona, que é o Barcelona, não teve uma atuação nesta temporada tão boa quanto a do Athletic - considerando circunstância, poder de fogo, o adversário, o estádio, as limitações e virtudes de cada jogador.
É mais ou menos assim: se Messi jogasse no Athletic, o resultado da partida em Old Trafford teria sido uns 8 a 1 para cima do Manchester United. A temporada do Barça, retalhado entre lesões e um elenco curto, está mais Messi-dependente do que nunca. O Athletic não dependeu de ninguém individualmente para fazer o jogo que fez. Foi uma exibição coletiva de deixar os técnicos brasileiros de queixo caído.
Os 3 a 2 do Athletic no "Teatro dos Sonhos" formaram um resultado bastante curto. O goleiro De Gea, o único espanhol em campo vestindo uma camisa que não era do Athletic, fez cinco, seis, sete defesas enormes que evitaram a goleada. Vai ter gente minimizando esse resultado pela "desmotivação" do United.
Eu não vi desmotivação em campo. O que eu vi foi um time melhor que o outro. Um time tão afinado futebolisticamente que fez o seu jeito de jogar ser o único jeito de jogar em campo. Só um jogou. E só um jogou porque não deixou o outro jogar. Pressão, posse de bola, passes rápidos e curtos, velocidade, sincronia de movimentos, obediência tática, inversões de posições. O Athletic teve tudo.
Quem acha que o que aconteceu em Old Trafford foi decorrência de "desmotivação" do United deve considerar também que esse foi o fator fundamental do vareio que o United levou do Barcelona na final da Champions League, em Wembley. O vareio do Athletic hoje foi ainda maior.
Sim, é verdade que no segundo gol do Athletic havia impedimento. Mas também houve um pênalti claro não marcado sobre Llorente no primeiro tempo, elas por elas. Os gols do United só saíram pela genialidade de Giggs/Chicharito em um lance isolado e pela falta de cérebro do jogador bilbaíno que meteu a mão na bola dentro da área aos 46 do segundo tempo.
Mas nem essa estupidez diminuiu o ânimo e a felicidade dos 7 mil bascos que viveram um sonho no "Teatro". Um povo que tem no seu clube o seu representante maior, que prefere perder e manter suas raízes de identificação a ganhar a qualquer preço. Foi daqueles jogos em que fiquei com vontade de estar no estádio e ouvir, presenciar, sentir.
São quase 30 anos sem títulos, e de repente essa geração basca aparece com força e qualidade. A raça é inata, o espírito competitivo foi semeado por Caparrós, e a bola chega agora com Marcelo Bielsa. Llorente é um atacante espetacular - e não quer sair. Esse Muniaín vai dar muito o que falar. Javi Martínez é um monstro no meio. Esses caras vão dar o que falar.
Como eu disse, a Liga Espanhola tem que repensar várias coisas e é difícil repensar quando o país está afundado em crise e só o esporte salva a autoestima. Logicamente há times fracos, como em todas as ligas do mundo. Mas não há só dois times bons, não. Há dois que são os melhores do mundo, há vários taticamente arrumados e alguns muito bons.
O Athletic, com o gênio, genioso e genial Bielsa, é um deles. Esse time acaba de mudar de patamar.
Poxa, que arrogância da torcida tupiniquim ("cuidado senhorx, melhor colocar essa expressão em código").KobeBryant escreveu:Porra, Real Madrid na vida boa.
Tô achando que o Barça passa apertado pelo Milan. Uns 4-0 agg.
tenso pro real ne? :fregues:ray-c escreveu:vish, vai ser tenso se rolar um Real e Barça na final hein ?