Re: Flamengo - play by play
[url=http://profile.mygamercard.net/planaria][img]http://card.mygamercard.net/PT/community/mondoxbox/planaria.png[/img][/url]
Área destinada a discussões sobre todos os outros esportes.
1987 NOS VOSSOS CORNOS
*Por Osvaldo Tinhorão - Blog do FlamengoNET
Por Deus, olhai a foto que ilustra este artigo. Ali está Leandro, o Peixe Frito, o maior lateral direito que o Brasil já viu, com o joelho em frangalhos mas, ainda assim, um paredão inexpugnável em nossa zaga. O Leandro que deixou sangue em campo no Mineirão, na semifinal, quando a freguesia das Alterosas entrou em desespero diante da confirmação da escrita. A seu lado, novinho, Zé Carlos, Deus o tenha, o Zé Grandão que foi o primeiro substituto digno de Raul Plassmann nos meus times de botão e no meu coração. Está lá Andrade, prestes a desfilar sua classe gigantesca pelo gramado do Maraca, prestes a fazer a maior exibição de sua carreira e ofuscar Zico, Renato, Bebeto, prestes a coroar uma jogada coletiva de antologia com o passe magistral para Bebeto. Está lá Edinho, velho rival agora com as cores certas, as únicas cores certas, formando com Leandro uma daquelas zagas que deviam ser proibidas por ser sacanagem com o adversário. Está lá o Leonardo, menino ainda, 17 anos, o Léo que ainda era o Ratinho para os seus colegas do Instituto Abel de Niterói, que olhávamos para ele como quem olha assim para um semideus (“quantas mulheres é possível comer, jogando no Flamengo, aos 17 anos?”). Está lá Jorginho, atleta de Cristo dos de verdade, homem de bem, lateral fino e vigoroso, uma das cinco contribuições desse Flamengo para a seleção que finalmente traria de volta o caneco, em 1994.
Agachado está Bebeto, que um belo dia desistiu de ser o sucessor do Galinho em nossos corações, mas que a essa altura era idolatrado com justiça pela maior torcida da Terra. O Bebeto que um dia formaria, ao lado de Romário, a maior dupla de ataque da história do futebol. A seu lado está Renato Gaúcho, que rodou o Brasil inteiro mas nunca — nem no Grêmio, contra o Hamburgo — experimentou coisa comparável a ser o maior jogador do Brasil envergando o Manto Sagrado, saldando contas pendentes com o inimigo Telê Santana e confirmando, pelos séculos dos séculos, a ancestral freguesia do odioso Galo mineiro diante do Flamengo. Ao lado dele Aílton, raçudo, voluntarioso, que um dia entrou para a história, jogando pelo Grêmio, definindo uma das finais mais emocionantes de todos os tempos. O Aílton que, reparai, foi o único desses onze a não ter vestido a camisa da seleção. Depois está Ele, Sua Majestade Arthur Antunes Coimbra, que em noventa minutos erguerá seu último troféu pelo Flamengo, e em dois anos deixará os gramados e nos fará para sempre órfãos. A seu lado, ainda mirrado, ainda moleque, Crizam César de Oliveira, o Crizanzinho, o Zinho, que os críticos um dia chamarão de enceradeira, mas cujo domínio e toque de bola refinados permitiam àquele Flamengo ir cozinhando qualquer adversário do mundo até que, atordoado, não pudesse reagir quando finalmente déssemos o bote.
Olhai a foto e lembrai que, por 23 anos, dois meses e oito dias, os canalhas e os recalcados quiseram negar que esse time tenha sido tetracampeão do Brasil. Olhai e lembrai de todos os filhos da puta que, ao longo de um quarto de século, vos falavam em sports e asteriscos, ainda que fossem incapazes de lembrar o nome de um, apenas um jogador do irrelevante Sport Club Recife. Ainda que não tenham visto, porque ninguém viu, o Sport derrotar o Guarani no mais completo anonimato, longe dos olhos e dos corações dos brasileiros.
Olhai e lembrai do mais reprovável entre todos os adversários, o São Paulo Futebol Clube, ostentando por aí a fama imerecida de Penta Único, depois de Hexa Único. Lembrai do São Paulo esquecendo que um dia foi presidido por homens em vez de canalhas, ignorando a palavra empenhada há um quarto de século e pronto a bater a carteira do parceiro que, em 1987, junto com ele arriscou tudo para dar aos grandes clubes do Brasil o que era deles por direito.
Olhai e lembrai dos biltres de todas as cores e procedências, de Muzambinho ao Recife, ignorando todas as obviedades e perpetuando a mentira risível de que um time que ninguém viu era o legítimo campeão do Brasil de 1987. Olhai e lembrai dos que negavam ao Flamengo a glória conquistada em campo, naquele 13 de dezembro chuvoso, mas que, desatentos, repetiam sem pensar o fato de que esse Andrade e esse Zinho foram os maiores campeões do Brasil, porque conquistaram o Brasileiro em cinco oportunidades (o que forçosamente inclui 1987).
Olhai e lembrai de Leão, freguês eterno, bostejando sandices sobre o Flamengo ter amarelado para os onze perebas inapeláveis que ele dirigia em 1987. Olhai e lembrai de Milton Neves, do pulha Milton Neves, alienando a maior torcida da Terra para fazer graça com duas kombis de pernambucanos. Olhai e lembrai do mau caráter Juvenal Juvêncio, agora condenado a perder o único brinquedo capaz de satisfazê-lo na velhice. Lembrai do irrelevante Homero Lacerda e de suas ameaças tresloucadas de processar Deus o mundo por proclamarem o óbvio, em 6 de dezembro de 2009. Lembrai dos outdoors rastejantes de pernambucanos subservientes, em 2007, que viam na glória do São Paulo o único caminho para que o Brasil se lembrasse da gloríola do Sport em 1987.
Olhai para a foto, irmãos, lembrai de toda essa gente, e de quantos mais vos torraram os bagos em 23 anos, dois meses e oito dias. Lembrai agora que sois hexa desta porra, que aqui não há nem haverá nunca clube maior do que o nosso. Olhai de cima as legiões de recalcados, arquejantes de ódio e de inveja, enchei os pulmões e repeti comigo, se faz favor:
VASCO, BOTAFOGO
AMÉRICA, BANGU
QUEM NÃO FOR FLAMENGO
VÁ TOMAR NO CU.
Pior coisa que pode acontecer é ele voltar.planaria escreveu:Oloco! Adriano vai voltar mesmo? Aí vira bagunça...
Se bem que até bêbado Adriano é melhor que o Deivid...foda é tirar espaço dos garotos.
O Flamengo lança na próxima terça-feira os novos uniformes para a temporada. O goleiro Felipe, o lateral-direito Léo Moura e o meia Renato foram convidados e serão modelos no evento. A empresa fornecedora de material esportivo também prepara uma homenagem aos campeões do Mundial de 1981. A conquista completa 30 anos no dia 13 de dezembro. O uniforme número 2, a camisa branca, é inspirado no que foi usado na final contra o Liverpool, em Tóquio. O lançamento vai ocorrer na loja do clube, na Gávea, às 11h.