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por ray-c » Dom Nov 27, 2011 10:04 pm
Por Eduardo Ferreira
Foto Eduardo Ferreira
O californiano Billy Scheibe ajudou a afiar o Muay Thai de Junior Cigano para a luta contra Cain Velasquez, no começo de novembro, e agora volta o foco para os treinos de Rodrigo Minotauro, que encara Frank Mir no UFC 140, no dia 10 de dezembro.
Em entrevista exclusiva à TATAME, Billy falou sobre suas expectativas para a peleja, apostando em um nocaute. “Eu acho que o Rodrigo vai nocautear. Eu quero essa revanche, ele está mais forte agora... Eu não entendo porque as pessoas ficam dizendo que ele vai perder. É a mesma coisa: as pessoas esperavam que o Junior (Cigano) perdesse”, disparou o gringo, comentando ainda a vitória histórica de Cigano sobre Velasquez, entre outros assuntos. Confira:
Para a luta do Cigano contra o Velasquez, você ficou um mês em Salvador. Como foram os treinos?
Foi uma boa experiência. O Cigano é muito humilde e é uma honra. Eu fui para Salvador, na Bahia, trabalhar o Muay Thai e também o MMA com ele, os chutes. O Cain tem chutes fortes e o Cigano tem socos fortes. Mas o principal é chegar lá antes dos chutes, sabe. Se o Junior fosse chutado, tudo que ele tinha que fazer era acertar socos antes mesmo dos chutes chegarem porque ele tem mãos fortes. Eu também trabalhei com o professor Dórea, e foi uma experiência muito boa.
Eu sempre quis trabalhar com o professor, ele fez muita coisa boa com seus lutadores e, estar na sua academia, na academia do professor, também tem vários bons lutadores lá, é inacreditável (risos). Quer dizer, a gente tem bons lutadores na América, mas a grande diferença é o tempo que eles estão treinando e como. Eles estão famintos. Toda a molecada está faminta, e tudo que eles querem fazer é treinar e lutar. É uma grande diferença para os lutadores americanos.
Você trabalhou na casa do TUF com o Cigano e caras como Antonio Peinado, Alejarra... Foi lá que você conheceu o Cigano?
Não. Eu trabalhei com o Cigano há três anos, e recebi o convite para ser treinador assistente do Junior. Ser levado para trabalhar com o Cigano, que é muito humilde, foi uma ótima experiência profissional trabalhar com o Antonio Peinado, Rafael Alejarra. Ele (Alejarra) já foi lá duas vezes e cá eu estou, me envolvendo com o MMA e me envolvendo nisso. Treinar caras do UFC é uma grande experiência.
Você se surpreendeu com a rapidez que o Cigano venceu o Velasquez?
Não necessariamente. Qualquer coisa podia acontecer. Quando você baixa a guarda, você vai ser atingido. É como eu disse: ele tem que ser o primeiro a bater e o último a atingir o oponente. Não me surpreende que o Junior o tenha nocauteado no primeiro round, porque ele tem muita força. Ele mostrou isso na maioria das suas lutas, onde ele nocauteou a maioria dos caras no primeiro round. Quando o Cain foi atingido, ele bambeou. A diferença é que a força do Cigano é de dar medo. É ridículo. Eu até consigo imaginar como o Cain se sentiu no dia seguinte. Eu sei que, quando ele chuta ou soca, dói.
Eu esperava que ele o fizesse no primeiro round, porque, muita gente não sabe, ele estava machucado. Ele machucou o joelho duas semanas antes da luta e, eu nem sei se poderia dizer isso, mas estava crítica a situação. Ele não conseguia mexer o joelho. A gente teve que carregá-lo por três andares até o carro dele porque ele não podia andar. Eu estava com muito medo porque o Cain chuta muito forte e ele mostrou isso contra o Rodrigo, e a gente estava trabalhando em cima disso. Quando o Cain o chutou, me deixou nervoso porque foi no joelho que estava ruim. Foi bastante estressante. Deus do Céu, eu fiquei assustado.
Você mora em San Diego e treina na Team Nogueira, é isso?
Sim. Na verdade, eu moro em Carlsbag, mas eu treino os profissionais que vêm aqui, como o Rodrigo, o Junior. Quando eles vêm, me ligam e falam: “treinador, estou na cidade e preciso de treino”. De vez em quando eu venho aqui trabalhar com eles, mas eu tenho um trabalho de tempo integral e trabalhar com esses caras é divertido, gratificante.
O Rodrigo vai lutar contra o Frank Mir. Quais são as suas expectativas?
Eu acho que o Rodrigo vai nocautear... Nocautear mesmo. Eu quero essa revanche, ele está mais forte agora.
O que você acha dele?
Os socos dele estão mais fortes, tão rápidos quanto antes. As pessoas puderam ver isso na luta contra o Brendan Schaub. As pessoas duvidavam disso, elas tinham medo. Ele é uma lenda. Eu não entendo porque as pessoas ficam dizendo que ele vai perder. É a mesma coisa: as pessoas esperavam que o Junior perdesse. Não, esses caras são duros. É como eu disse: tem uma grande diferença no treino brasileiro e o treino os Estados Unidos. Não me entenda mal, há grandes treinadores aqui (nos EUA). Mas, só de estar lá, eu acho que todos os técnicos deviam ter a oportunidade de ver de perto o talento que tem no Brasil, porque eles têm fome. Eu estou falando a verdade, não é porque você é brasileiro. É um país de guerra, é como enquadrar um cachorro: ele vai te morder.
Quem você treina?
Todos os caras que vêm aqui me ligam. O Johnny, parceiro de treino do Rodrigo, ele me liga e fala que precisa de mim para trabalhar com não sei quem. Rodrigo, Pitbulll... Eles me ligam e eu vou trabalhar com eles. É um privilégio para mim. É legal ser chamado, ser querido. É uma boa sensação essa.
créditos ao site tatame.com.br
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ele deu 10-8 pro Shogun no ultimo round 
