Mellini escreveu:Dizer que o NBB tá anos luz da Superliga de Vôlei (o principal torneio de vôlei hoje do mundo?) não quer dizer que o NBB tá ruim. Pelo contrário, eu tenho achado o torneio em um nível bastante bom esse ano, tá crescendo gradativamente.
Mas enfim, eu não disse isso pensando no aspecto técnico da competição, mas no sentido da visibilidade/marketing que separa os dois campeonatos. A Superliga tá passando direto na Globo, lota estádio em boa parte dos jogos além de ser talvez o principal esporte olímpico coletivo hoje no país. Tudo que o basquete deixou de ser há um bom tempo. Se nem a Superliga que é muito mais organizada e vista do que o NBB tem algo parecido com o LP/PPV, imagina o NBB que tá apenas na sua 5 edição.
Acho que tu não entendeu a ironia no meu post. Em nenhum deles...
Então vou te explicar.
O NBB é uma merda, tá?
O nível técnico é igual ao campeonato da Venezuela e muito abaixo da Liga Argentina.
Em outros aspectos perde de lavada tanto pra Argentina como Venezuela. Em algumas coisas até para Liga Uruguaia (transmissões de TV/rádio).
Mas vamos lá: Fora o aspecto técnico... o NBB é um campeonato com ginásios pobres, estruturas pífias, times pequenos com condições sub-humanas e um marketing nulo. Seja de TV, publicidade móvel na quadra ou como criação de um bom produto pra vender.
Além disso, é um campeonato CHATO. O Flamengo nunca perde de ninguém e sempre belisca algo. O Brasília tem o mesmo time fazem 10 anos e o Hélio Rubens Basquete Club também. E são sempre esses e mais um apanhadão (o da vez é o São José) que chega no fim.
Demoramos 4 temporadas pro Joinville beliscar ser uma surpresa por causa de um técnico acima do nível nacional. E deu...
Já morreu o projeto também e esse técnico já tá no Flamengo com um time surreal em número de fichas adultas e que esmaga todos os times.
Falando em fichas, não conseguimos delimitar isso ainda, ou seja, obrigatoriedade de 2 estrangeiros, 5 ou 6 adultos nacionais, 3 sub-25 ou sub-23 e 1 ou 2 sub-18. Nem sabemos o que é isso... Nem os apreciadores do jogo, nem a grande mídia, nem a mídia especializada e muito menos os dirigentes e técnicos.
Também não sabemos usar os estrangeiros. Toyloy chegou ao Paulistano e ficava no banco do Felipe e do Renato. Vindo de bons números em várias ligas... Na marra conseguiu seu espaço e virou força dominante no país. Na marra, ou seja, mil como ele já passaram voando e foram embora porque não damos espaço pra 'estrelas' que não sejam nacionais. Esses estrangeiros além de elevar o nível, servem para emparelhar a competição distribuindo as fichas nacionais.
Por fim, não conseguimos ver os jogos, afinal, não fosse o Sportv e 1-2 jogos por semana não saberíamos nada das partidas.
A única coisa realmente de primeiro mundo (podia ser melhor, mas perto do que já foi, é nota 10) é o site. Estatísticas e tal...
Enfim, um campeonato chato, manjado e que não tem previsão de melhora. 5 temporadas e não conseguimos delimitar aro, piso e fichas nacionais/estrangeiras?
Piada.
Enquanto isso, vamos pra Liga Sul-Americana e em quatro grupos acontecem o seguinte cenário.
Argentinos passam todos os grupos em primeiro.
Brasileiros passam sempre em segundo quando passam.
Quando não passamos perdemos para os venezuelanos. Nesse ano foi apenas um time, mas...
Mas o PINHEIROS matou um venezuelano com uma bola espírita do meio da quadra que nunca mais cai, ou seja, se não acontecesse isso:
4 argentinos
2 venezuelanos
2 brasileiros
Será que nosso nível interno é tão bom assim? Será que o NBB é tão legal assim? Será que o nível é tão bom?
Engraçado... Os times brasileiros sempre são os mesmos nessas competições. Sempre os mesmos e sempre em segundo. Se ganham o título, é um Flamengo da vida, com 6-7 jogadores que individualmente pertencem a outro nível.
E os argentinos? Todo ano é um...
Já vi Ben Hur de Rafaela, Boca Juniors, Lanús, Libertad, Peñarol, Atenas, Obras, Estudiantes (BB), Regatas e até o Quimsa.
Baita campeonato o tal de NBB... Luxo.
Pelo menos é o que eu leio por aí, todo dia.
Rasgando seda para os diretores...
Mas quem não é de dentro nem desconfia né?
A mãozinha molhada eu conheço de longe.