Re: Classificados 14/15
:deco:Deco escreveu:Tô afim de algumas mudanças por aqui. Interessados podem me procurar.
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:deco:Deco escreveu:Tô afim de algumas mudanças por aqui. Interessados podem me procurar.
Absurdo e assombroso
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Existem jogadores que agradam, outros que encantam. Mas ainda existem outros que, de tão talentosos, assombram. É o caso de Bruno Caboclo
Bruno Caboclo, do PinheirosPeço licença a nossos leitores para escrever um raro post em primeira pessoa porque nas linhas que se seguem a visão jornalística foi impregnada pelas impressões pessoais de um basqueteiro convicto e viciado que, nos últimos 6 meses, acompanhou de perto os passos e a evolução da mais efervescente promessa do basquete brasileiro, Bruno Caboclo, destaque do Pinheiros/Sky na 3ª edição da Liga de Desenvolvimento.
Antes de chegar a São Sebastião do Paraíso no final de junho, antes do início da LDB 2013, pessoas que acompanham o basquete de base em São Paulo já haviam me alertado sobre ele. E não foi preciso vê-lo com a bola nas mãos para reconhecê-lo. Quando o Pinheiros entrou em quadra para o aquecimento antes da estreia contra o Tijuca surgiu uma figura esguia, com braços gigantescos e cara de criança, só podia ser ele, Bruno Caboclo.
A primeira impressão foi a mesma de quando, há dois anos, vi Lucas Dias em ação pela primeira vez, também em Paraíso, também na LDB que naquela época era chamada de LDO; talento puro, que potencial!
Em Paraíso Caboclo oscilou. Teve atuações primorosas e outras mais apagadas, normal para um menino de 17 anos em sua primeira competição nacional, ainda mais se considerarmos que se trata de um campeonato Sub 22. Mas independente disto, deixou em mim e em todos que o viram em ação a sensação de que tínhamos ali algo muito especial.
As etapas foram se sucedendo e Caboclo crescendo.
Em São José dos Campos o camisa 15 pinheirense se dividiu entre LDB e o Paulista adulto. Atuou em 3 das 5 partidas do Pinheiros no Vale do Paraíba e fechou a etapa fazendo um jogaço contra Franca, com direito a duelo individual contra o ótimo Antônio, não só na bola, mas também no jogo mental contra o camisa 55 francano. Aí Caboclo mostrou que sua evolução não se resumia ao quadra/bola, mas que também do lado de fora seguia em crescimento e amadurecimento.
Bruno Caboclo, do Pinheiros
Na etapa do Rio de Janeiro Caboclo viveu seu pior momento na LDB 2013, a derrota para o Vitória do Espírito Santo quando deixou a quadra sob duras críticas. Mas também foi nesta etapa que ele fez uma partida mitológica contra o Minas, 32 pontos em 34 tentados e 100% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Além deste jogo, no duelo contra o Ginástico o camisa 15 do Pinheiros não jogou bem, mas resolveu o jogo com uma cravada estonteante na cabeça não de um, mas de dois rivais da equipe mineira.
Na sequência o Pinheiros fez mais 5 jogos em Recife onde Caboclo mitou. Terminou a etapa com média de quase 4 tocos por jogo, anotou mais de 20 pontos em 3 das 5 partidas, registrou dois Bruno Caboclo_PIN (2)duplos duplos e bateu o recorde de tocos em um jogo de LDB, 7 na vitória por 67 X 52 contra o Brasília. Aliás, como ele jogou nesta partida. Além do recorde de tocos, Caboclo ainda anotou 21 pontos, pegou 10 rebotes e roubou uma bola. Sem falar que venceu o duelo individual contra Ronald, um dos jogadores mais poderosos e efetivos da categoria, atleta com recentes convocações para a Seleção Brasileira. Na Ilha do Retiro fez uma legião fãs entre as crianças que acompanhavam a LDB, deu autógrafo e pousou pra fotos na saída de todos os jogos, parecia um atleta já consagrado sendo reverenciado pelo povo pernambucano.
A última etapa da fase de classificação, jogada no próprio Pinheiros, foi a pior do camisa 15 em toda a competição. Nenhum duplo duplo, nenhum recorde, nenhuma atuação capaz de fazer cair o queixo.
Nada que o atrapalhasse na fase final da LDB 2013, jogada no Rio de Janeiro. Tirando a semifinal contra o Minas, quando ficou apenas 12 minutos em quadra, Caboclo foi bem em todos os jogos, especialmente nas vitórias sobre o Bauru na 2ª fase e sobre o Brasília na disputa pelo 3º lugar. Contra os bauruenses fez 19 pontos (7/10 nas bolas de 2 pontos), pegou 9 rebotes, deu 4 tocos, duas assistências e roubou uma bola, além de protagonizar um dos lances mais lindos de todo o campeonato, um toco monstruoso em Kesley e, na sequência, finalizou uma linda ponte aérea no passe de outra grande promessa pinheirense, o armador Georginho. Contra os candangos duplo duplo com 24 pontos e 13 rebotes, além de 4 assistências, 3 tocos e 3 roubos de bola. E uma curiosidade interessante. No intervalo do jogo Caboclo foi entrevistado na transmissão ao vivo do SporTV e travou na hora de falar. Voltou pra quadra, meteu 16 dos seus 24 pontos no 2º tempo e acabou escalado também para a entrevista pós jogo. Travou de novo na hora de falar. Saiu da entrevista se dirigiu à mesa do pessoal de imprensa da LDB e de cara foi falando: Travei de novo, o que posso fazer pra melhorar? O que mostra que Caboclo está interessado em evoluir de uma forma bem mais ampla que simplesmente no jogo, mais pontos pra ele!
A evolução de Bruno Caboclo nestes 6 meses é impressionante. Dentro de quadra ele deixou de ser o potencial apresentado em Paraíso pra se tornar o principal jogador do Pinheiros na LDB e um dos principais e mais decisivos de todo o campeonato. Terminou a LDB mostrando um arsenal ofensivo vasto e letal. Boa seleção de arremessos, jogo de costas e de frente pra cesta, bom corte e controle de bola, jogo interno e externo, pick and roll, poste baixo, onde ele recebe a bola é perigo para o adversário. Na defesa um jogador cada vez mais atento, mais aplicado, com um tempo de tocos extraordinário e excelente colocação na briga pelos rebotes.
Fora de quadra, o menino tímido e calado de São Sebastião do Paraíso se transformou em um moleque espirituoso, descolado e cada vez mais à vontade neste peculiar mundo do basquete.
Alberto Bial o classificou como o principal prospecto brasileiro desde a geração dourada de Wlamir e Amaury. Shilton, impressionado, queria saber quem era o camisa 15 do Pinheiros. Enquanto os pequenos torcedores de Recife pensaram, em um primeiro momento, que se tratava de um jogador estadunidense, tamanha sua desenvoltura em quadra. E quem estava na Gávea durante a fase final viu que algumas de suas jogadas arrancaram sorrisos de Rubén Magnano, treinador da Seleção Brasileira.
Eu confesso que me sinto um privilegiado por ter visto tão de perto a 1ª LDB do Caboclo. Como disse na linha fina deste texto, existem jogadores que agradam, outros que encantam. Mas ainda existe um outro grupo que, de tão talentoso, assombra. Pra mim Bruno Caboclo está neste último grupo, um talento tão grande que assusta.
Fora de quadra o moleque é carisma puro. Simplicidade em pessoa, às vezes chega a ser até ingênuo de tão sincero, característica típica das crianças e que, tomara, ele não perca com o passar dos anos. E dentro de quadra um monstro!
Entre tudo que ouvi sobre ele nestes mais de 6 meses o acompanhando pelas quadras do Brasil, fico com dois adjetivos que pra mim são os que melhor exemplificam o que esse garoto já é e o que ele ainda pode vir a ser caso mantenha esta trajetória de evolução e não se perca nos tortuosos caminhos do basquete e da fama; Bruno Caboclo é absurdo e assombroso!
Bruno Caboclo
Im
Imagina o preço inteiro.Ginóbili escreveu:pra vc tem promoção, luisão
Rafueiro escreveu:No mercado atrás de C