Mensagem
por Nepopop » Sex Mai 09, 2008 11:54 am
Foi patético, foi vergonhoso, foi abjeto. Um vexame daqueles, um mico que seria capaz de destruir a qualquer clube do universo. Qualquer clube menos o Flamengo, que já demonstrou cientificamente inúmeras vezes que não é um clube qualquer. Só é derrotado na Libertadores o clube que se habilita a disputá-la, um sonho impossível para 99,99% da canalha arcoirista que nas ultimas horas se dedica a, idiotamente, magnificar a nossa grandeza.
Continuamos imensos, mas não podemos perder de vista a dimensão do que aconteceu. A derrota no jogo que era impossível perder nos custará muito caro. O abandono prematuro do torneio continental foi um completo desastre econômico que forçosamente redundará em cortes no elenco e reduz ao mínimo a possibilidade de algum reforço de peso.
Os que professam o materialismo dialético sabem que a pior face da tragédia de ontem foi deixar escapar por entre os dedos o resultado de toda a nossa soberba ressurreição no Brasileiro 2007 e a incrível mobilização da torcida que carregou o time nos ombros até colocá-lo entre os melhores da América. Essa foi, realmente, uma grande perda. Mas não é irrecuperável.
A energia da torcida, que nos colocou nessa competição, é um recurso renovável e auto-sustentável no Flamengo desde 1895. A auto-suficiência rubro-negra na geração de energia é uma vantagem comparativa que nos torna sempre potenciais candidatos ao título, seja ele qual for. Nosso poder é tão notório que já não causa espanto em ninguém. O que foi feito em 2007 pode se repetir em 2008 e quantas vezes for necessário.
Derrotas fazem parte do processo de crescimento. O importante é saber analisar o que ocorreu sem distorcer a realidade com as cômodas muletas da falta de sorte ou do dia em que nada daria certo. Grandes clubes aprendem a tirar ensinamentos dos piores desastres. O pior é que o desastre não se deu repentinamente, não foi surpresa pra ninguém. Deu pra ver direitinho o caminhão, anotar a sua placa, havia tempo até pra desviar. Dizem, eu não posso confirmar, que o piloto do caminhão era o Oba-Oba, ajudado por Máscara e Sapato-Alto e uma misteriosa escalação psicodélica na zaga. O inevitável inquérito apontará os culpados.
Sem querer abrir antes da hora a temporada de caça às bruxas (vésperas de estréia de Campeonato Brasileiro) vamos admitir que houve uma certa sacanagem, uma certa auto-suficiência. Em outras palavras: rolou muita palhaçadinha. Por mais irritantes que tenham sido as atuações de uns e outros não posso crer que algum jogador ou dirigente não estivesse com uma vontade tão grande quanto a nossa de prosseguir na competição. Em um ou mais pontos da longa cadeia de comando que vai da Presidência ao ponta-esquerda faltou competência, isso é indiscutível.
E é bom maneirar na cornetagem. A Libertadores 2008 é página virada. Outros desafios nos aguardam. As semelhanças com o ano passado são meras coincidências. Ser desclassificado da Liberta não é um voucher que garante lugar pro Fla na zona de rebaixamento. Aliás, a Libertadores 2008 não tem qualquer conexão com o Brasileiro 2009, começa tudo zerado. Já nos lamentamos pela ridícula derrota, não faz sentido dar uma de desesperado e se auto-rebaixar. A torcida do Flamengo é sábia, agora é hora de bola pra frente.
Ironicamente, as únicas alegrias a que tivemos direito desde ontem à noite foram proporcionadas pela semi-analfabeta arco-íris. A desclassificação do Mengão, para essa gentalha sem títulos e sem vida própria, os insignificantes satélites do Planeta Mengão, equivale aos títulos que são incapazes de conquistar. Os andrajosos miseráveis saíram de suas conchas e soltaram a franga, confirmando de forma inequívoca que até a felicidade desses pobres de espírito é mesquinha, rasteira e vã. Covardemente se aproveitam do momento em que o Flamengo tropeça para tentar nos diminuir e tolamente confirmam que a sua fixação doentia em cada um dos passos do gigante Flamengo é apenas a manifestação envergonhada de uma admiração que já não conseguem reprimir.
Tem que ser muito idiota mesmo pra não perceber que cada comentário desses pelasacos aqui no Urublog é mais um prego no caixão de sua própria pequenez. A cadeia alimentar do futebol continua inalterada. No topo o Flamengo, na base os vices, os vices-dos-vices, os chorões, os oriundos e foragidos das divisões subalternas e a freguesia em geral, que conquistaram no campo ou na arquibancada o direito inalienável de serem sacaneados por qualquer torcedor do Flamengo.
Essa é a real dimensão da nossa transcendência, são esses os valores que sustentam e justificam nossa soberba, nossa arrogância e nosso sorriso de indisfarçável superioridade. E pelo jeito vai continuar assim por muitos e muitos anos.
Mas não seria intelectualmente honesto encerrar por aqui e não abordar o mais grave problema, o ponto baixo da noite de ontem. A noticia de que alguns pseudo-torcedores (coloco em questão a condição de rubro-negros de tais imbecis) apedrejaram o ônibus da delegação nos desonra. Um ato de pura barbárie, idiota e mal educado, comparável aos contumazes vexames das minúsculas e sofredoras torcidas que formam nossa vasta freguesia estadual, especialistas em pixar muros, arremessar calcinhas e quebrar vitrais. Isso sim, é uma vergonha.
Vamos deixar combinado desde já pra evitar incômodos posteriores, porque o campeonato é longo e tem gente que pode dizer que esqueceu: Não importa quão baixo rasteje a invejosa arco-íris, aconteça o que acontecer, a torcida do Flamengo tem a obrigação de manter a compostura. Foi assim que nos tornamos gigantes e é assim que seremos ainda maiores.
Mengão Sempre
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não tem como não assinar todos os textos do urublog.
o cara ruleia!
