Re: São Paulo Futebol Clube - 2009
Se a pressão continuar do lado verde, pode acorrer uma troca de técnicos, uhuhuhuh.
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Washington mal domina a bola direito e o André Lima acha que tem motivo pra ser titular, ah me respeita!O novo comandante
Ex-zagueiro do Fluminense e da seleção brasileira, Ricardo Gomes tem 44 anos e na última temporada europeia comandou o Monaco, da França. Ele não trabalhava no futebol brasileiro desde 2004, quando teve curta passagem pelo Flamengo.
"É um treinador com experiência de futebol internacional. Entramos em contato com ele ontem [sexta-feira]. Ele não imaginava, e deixamos tudo acertado. Falta só formalizar", informou o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes.
Gomes dirigiu o Bordeaux de 2005 a 2007. Em seguida transferiu-se para o Monaco, pelo qual terminou o último Campeonato Francês na 11ª colocação.
Seu melhor momento na carreira aconteceu em 2002, quando levou o Juventude ao sétimo lugar no Campeonato Brasileiro. A boa campanha o credenciou a assumir a seleção brasileira olímpica. Porém, ele não suportou o fracasso na seletiva para os Jogos de 2004, em Atenas, e acabou demitido do cargo.
O novo treinador encontrará um time abalado pela eliminação na Copa Libertadores da América e dividido pelas frequentes demonstrações públicas de insatisfação.
Jogadores como Borges, Washington e André Lima reclamaram da reserva ou de substituições, o que obrigou o capitão André Dias e o lateral-direito Zé Luís virem a público pedir o fim das intrigas.
Parceria e humildade
"Acontecem coisas que o técnico às vezes precisa tomar posições e não pode ficar falando com a imprensa. Ele vai expor jogadores, atingir o patrimônio do clube. O problema é que esse time não deu liga, mas claro que a gente tenta de tudo. Nas outras vezes deu certo, mas agora acho que faltou um pouco mais de humildade, parceria. Pode ter o melhor time do mundo, mas não adianta se você não se gostar um pouco, se não gostar de estar ali fazendo o que faz. O técnico sabe e não pode vir a público rifar os caras. Tem de aguentar as críticas. Se for se defender vira bagunça. Eu cobro demais, se não fizer isso as pessoas não rendem. Tem que estar aqui diariamente para saber das coisas. Só chegar aos domingos e questionar não serve, tem de observar mais. Tem muita gente, vaidade demais, e isso atrapalha um pouco. A vaidade é a pior coisa do homem. Fazer 30 jogadores e dirigentes pensarem a mesma coisa não é fácil. Tem de criar uma linha de trabalho muito forte. Consegui fazer isso por três anos e meio. É duro controlar muita gente que está ali. É um esporte coletivo, mas todo mundo pensa individualmente. O técnico precisa juntar tudo e isso custa. Tem de passar por cima das coisas. Um cara fica sentido ali, outro sentido lá..."
Demissão inesperada
"Surpresa não, mas não tinha nada definido. Estava trabalhando normalmente. Em um clube como o São Paulo não se pode ser irresponsável, mesmo sabendo que pode acontecer alguma coisa. Não pode largar e isso eu não faço mesmo. Estava trabalhando normalmente. Isso (demissão) a gente está sempre preparado."
Sem política de relacionamento com dirigentes
"Os caras sempre me ajudaram, as pessoas exageram um pouco, pensam que um diretor ou outro tem opinião diferente e falam que ele quer derrubar. Eu não sou agradável mesmo, às vezes o diretor gosta de ir jantar e quer que você fique do lado dele, mas não faço isso. Sei que no futebol as pessoas usam bem o lado político. Gosto de ser como eu sou, de trabalhar no clube, de produzir, não posso perder e depois do jogo ir jantar com os caras para justificar a derrota. Às vezes querem contratar um jogador e eu bloqueio, os caras ficam bravos, e nisso eu saio perdendo. Mas não é tão radical, meu ambiente é super bom."
Improvisações
"Eu improviso quando eu não tenho jogadores no elenco ou quando o cara que chegou não se adapta. Isso eu sempre fiz. Acontece que esse time não deu muita liga. Se o cara da posição não está bem, eu tenho de tirar mesmo. Isso eu sempre fiz em todos os lugares que eu fui. Beletti foi lateral e era volante, disputou Copa, não sou de ficar inventando. Quando o time não ganha, todos procuram culpados."
Tristeza por eliminação na Libertadores
"Não foi frustração, porque é uma palavra forte. Mas o torcedor gosta, e o treinador tem de sentir o que é importante para o clube. Para a torcida, a Libertadores era importantíssima. Fiquei sentido, cheguei perto do título contra o Inter, mas não deu. Claro que os três campeonatos brasileiros foram importantíssimos, mas Libertadores era o que todos mais queriam."
Descanso por algum tempo
"Ontem já teve muita ligação. Não só para mim, mas para muita gente que trabalha comigo. Quero descansar um pouco. Não é legal sair agora e ir para outro clube logo em seguida. A gente vê técnicos bons fazendo isso e que acabam não mostrando nada. Tem de se preparar no que diz respeito à parte física e mental. Não pode ir na televisão forçando. Sei que as pessoas que trabalham comigo já receberam telefonemas para saber como esta a minha situação. Quero descansar, me preparar outra vez, escolhendo a melhor opção, o melhor projeto. Não é só a parte financeira, tem de ter um planejamento. Não quero pegar um time que está em má fase, como sempre acontece com os times brasileiros. Quero um projeto."
Muricy saiu bravo com o CucaApós a coletiva de despedida no CT da Barra Funda, na manhã deste sábado, Muricy Ramalho revelou que o treinador do Flamengo, Cuca, ligou algumas vezes para o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, se oferecendo para o cargo. O ex-técnico do clube paulista disse que Cuca foi antiético.
- O mais importante é você ser correto. Hoje, o futebol está difícil porque os técnicos não se respeitam. O Cuca liga para o Juvenal Juvêncio para saber como ele está, pergunta se ele poderia pedir demissão do Flamengo. Estamos em uma situação difícil e o Cuca liga para saber se pede demissão ou não. É demais, né? Ligar para o presidente do clube é um absurdo. É uma falta de ética do caramba. Um absurdo - disse à rádio "Bandeirantes".
Muricy demonstrou que já não se preocupa tanto em manter a diplomacia com os dirigentes tricolores. Ao ser questionado sobre o relacionamento com o vice de futebol são-paulino, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, o técnico alfinetou:
- Tenho de respeitar a opinião dele, às vezes as pessoas não gostam do seu trabalho. Sou campeão brasileiro e ele tem dificuldade de gostar disso. Vai entender. Não dá para agradar todo mundo. Eu já começo perdendo porque meu social não é legal. Não sou agradável, não me visto bem, não gosto de jantar com ninguém...