Copa América 2013 - Brasil 65 x 72 Porto Rico
Análise da partida -
Um jogo pavoroso da seleção brasileira hoje em Caracas.
Exceto pelo terceiro período, quando conseguimos atuar de uma forma decente, defendendo bem e fazendo um ataque um pouco mais criativo, no resto, o time brasileiro esteve fora de quadra e foi dominado pelos porto-riquenhos.
Em dez minutos, no terceiro período, mostramos que podemos sonhar com alguma evolução deste grupo (que considero fraco e muito limitado) que foi convocado pelo técnico Ruben Magnano para ir à Venezuela.
Culpa de Ruben ? Não sei. Eu tenho outras preferências, mas nada que mude o fato: os atletas que jogam no Brasil são limitados e salve exceções, alguns que atuam foram, também.
Para sonhar, temos que ter nosso elenco completo, o que hoje quer dizer Huertas, Leandrinho, Marquinhos (único que atua no Brasil com nível internacional, pelo menos ajudar em um nível acima), Varejão, Nenê, Splitter e Faverani.
O que vimos em Caracas foi um passeio de Renaldo Balkman pela quadra em cima de Caio Torres, que está fora de forma, está lento ou se não está e sempre foi assim é um completo absurdo. Rafael Hettsheimer vem sendo uma vergonha ambulante e o time precisa se acha sem pivô já no primeiro jogo da primeira fase, afinal, Daniel Santiago com 37 anos, sem joelhos, conseguiu ser fator importante na partida. Além de Santiago e Balkman, Holland também fez o que quis na defesa brasileira, com bandejas atrás de bandejas e claro, foi destaque.
Nos dez minutos, raros, que defendemos o possível e fizemos um esforço incrível em não desperdiçar posses simples, voltamos ao jogo. O basquetebol é simples, amigos. O jogo de basquetebol é de uma simplicidade ímpar: Defender bem, atacar sem pressa, o que não quer dizer defender com afobação e atacar à passos lentos, morosos de tartaruga.
Aliás, o Brasil não conseguiu fazer o simples em quarenta minutos de ação contra um inconsistente Porto Rico: rebotear, fazer a transição com velocidade, ser agressivo se estiver em vantagem na transição, reduzir a velocidade se estiver contra a defesa armada e se movimentar sem a bola para achar espaços para tentar um arremesso equilibrado. No descrito, temos 24 segundos para produzir, porém, no ritmo em que jogávamos, aquele ritmo que lembrava o domingo à tarde após a feijoada na casa da vovó ... aí sim, impossível.
Brasil -
Huertas - Tentou ser a alma do time mas sozinho, nem Bill Russell.
Taylor - Começou mal e não se encontrou hoje.
Alex - Alguns bons passes, as péssimas decisões de sempre indo para a cesta, alguns tocos recebidos e sempre torcemos para passar a bola logo quando a tem no ataque.
Caio Torres - Parece que comeu um dinossauro antes do jogo, o que explicaria a lentidão e falta total de agilidade. Inexplicável levar um atleta sem condição física para o torneio. Se ele tem condição física, favor trocar o protocolo de teste. 7 minutos, 4 faltas, Magnano já deve ter se arrependido de ter levado.
Rafael Hettsheimer - Faz mais de um ano que não apresenta uma boa partida. Repita a frase acima cinco vezes. Pronto, não seria hoje que iria bem.
Victor Benite - Enfim um jogo aceitável na seleção. Defendeu bem e no ataque, enquanto puder chutar parado e livre, pode converter. Mas é pouco para tanto auê sobre o seu nome e talento. Não tem nenhuma condição de armar um jogo contra uma defesa de verdade.
JP Batista - Esforçado, como sempre. Se enrola com a bola no ataque, como sempre. Defende mal, como sempre.
Guilherme - Muito bem, dos melhores na defesa (mostra o nível da nossa defesa), altos e baixos no ataque. Mas lutou muito e tem ponto positivo para isso. Para um veterano e que atua no Brasil, fez mais do que esperado.
Arthur - Sumido em quadra. Veio para chutar de três e figurar na defesa. Figurou no ataque e na defesa.
Raulzinho, Cristiano e Rafael Luz não entraram em quadra.
Ruben Magnano - Demorou uma eternidade para pedir o tempo quando a casa caía no meio do quarto período. Inexplicavelmente deixou Caio Torres e Hettsheimer em Balkman, decisão que não tem o menor sentido.
Porto Rico -
Balkman, Holland e Santiago foram decisivos na reação. Barea foi muito bem em boa parte do jogo. Ayuso tentou nos ajudar nos quase dezenove minutos que atuou mas não conseguiu fazr que Porto Rico perdesse.
Francisco Olmos - Percebeu que o Brasil não tinha defesa no garrafão, levou o jogo para próximo da cesta e saiu vitorioso. Mas demorou três períodos e deu muito susto em sua torcida até chegar na conclusão óbvia que o Brasil não levou pivôs em forma para o torneio.
Próximo jogo do Brasil, domingo, 12:30 contra o Canadá.