Respostas de Ruben Magnano as perguntas em negrito
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Dez nomes
Todos esses nomes da lista me deram o “sim”. Não existe nenhuma dúvida de que todos eles vão se apresentar à seleção brasileira. Por isso são apenas dez jogadores.
Nenê
Não posso falar o que ele sente, não sei o que o motivou a me confirmar presença. Mas percebi pelo o que ele falou muita vontade, como se fosse algo desafiador para ele. Fiquei muito contente com o atendimento dele. Não sei o que o motivou a aceitar esse desafio. O mais importante é que ele vai estar conosco.
É uma referência muito importante para o nosso time, pelo o que joga e pelo o que faz os outros jogarem. Nenê é muito inteligente jogando basquete e é alguém que consegue consumir a atenção de dois marcadores. Aí, aparece a habilidade dele no passe. Ele tem um espírito de jogo muito solidário, que faz os outros serem acionados também. É um atleta muito importante para a nossa estrutura.
Marcelinho chamado aos 39 anos mostra carência nas alas
No primeiro momento, acho que podemos falar de uma carência nas alas, sim. Depois de um bate-papo com o Marcelinho, fiquei com a sensação de que ele nunca deixou a seleção. A convocação aconteceu pela temporada que ele teve, pela responsabilidade que assumiu no Flamengo e por aquilo que representa na seleção brasileira. Ele merecia essa possibilidade. Mas mostra, sim, que existe hoje uma carência na posição.
Idade avançada
Podemos somar ainda quatro atletas mais jovens em relação aos que temos agora no elenco (média de idade de 32 anos). Mas é certo observar que esse grupo tem idade avançada. Vamos tentar ganhar em experiência, com muitos caras que têm competições internacionais na bagagem.
Título de Tiago Splitter na NBA
É um orgulho para o basquete brasileiro. Trata-se de alguém que é um verdadeiro exemplo de trabalhador e de pessoa. Acredito que todos deveriam ficar de olho na carreira dele, não só pelo título da NBA. É muito dedicado no que faz e tem uma força muito grande. Considero um lucro termos o Tiago conosco. Se conseguir desempenhar o que vimos nos playoffs da NBA, vai nos ajudar muito na Turquia.
Tiago Splitter: médias de 8,1 pontos e 6,1 rebotes por jogo nesta temporada (Foto: Getty Images)
Tiago Splitter: para Magnano, é um “orgulho” ter o pivô na seleção (Foto: Getty Images)
Chegar ao Mundial como seleção convidada
Não deixa ninguém abalado. Muito pelo contrário: é muito mais desafiador. Teremos de jogar de um jeito para provar que o convite deles (Fiba) não foi um erro. Eles sabem do potencial e de como atua a seleção brasileira. O que nós precisamos fazer é jogar desse jeito para eles terem a certeza do que fizeram.
Efeitos das críticas aos atletas que não disputaram a Copa América de 2013
Na viagem que fiz aos EUA neste ano, falei cara a cara com todos eles, o que foi muito importante. Foi tudo muito direto. Eles acharam legal isso ter acontecido. Não posso fazer futurologia (para saber como será a relação com os jogadores no Mundial). Mas a comunicação que tivemos foi muito importante. Todos falaram o que sentiam, se expressaram e deixaram claro o que pensaram. Agora é hora de trabalhar.
Metas no Mundial
Não posso prometer medalha, mas vamos lutar para isso. Acho que essa busca por conquistar um resultado bom pela seleção brasileira é um desafio pessoal para todos. A medalha não é fácil de se alcançar, sei bem disso. Mas os atletas devem lutar ao máximo para conseguirem.
Caímos em um grupo muito difícil. A ideia, claro, é ficar o mais em cima possível na classificação. Mas, depois, teremos um cruzamento com times contra os quais podemos competir tranquilamente. Não teremos de encarar os EUA, por exemplo. Serão adversários duros depois da primeira fase, mas temos condições de encará-los.
Treinos fechados
É muito difícil abrir treino. Pelo tempo curto de treino que temos, não é fácil fazer isso. Não gosto de trabalhar com as portas abertas porque entendo que a equipe precisa gozar de uma saúde interior. Preservo muito isso. Em treinos de chutes, mais leves, isso poderia até acontecer. Mas não sei se teremos esse tipo de atividade pela frente.
Ausência de Lucas Bebê
Ele não aparece na lista do Mundial nem esteve na do Sul-Americano porque pediu para ser assim. Ele nos ligou para informar que queria se apresentar ao período de treinos da NBA com o Atlanta Hawks (que adquiriu os direitos do pivô no Draft de 2013). Foi por esse motivo que ele foi tirado da lista, mas fomos conversar com ele, sim.
Fabrício Melo e Scott Machado
Tudo o que peço de caras que vão para a NBA é que joguem. Se não, eles não ajudam absolutamente em nada suas equipes. Estar lá só para fazer número não adianta. O Fabrício praticamente sumiu neste último ano. O Scott não conseguiu ingressar na liga, e nós também demos uma força maior a outros jogadores da posição que estão na lista do Sul-Americano. Dois que jogam fora e um que atua dentro do país (sem citar nomes).